Diversidade

‘Pretinhas leitoras’: irmãs criam projeto de incentivo à leitura em áreas violentas

12 • 02 • 2020 às 21:27
Atualizada em 06 • 08 • 2021 às 17:31
Gabriela Glette
Gabriela Glette Uma jornalista e produtora de conteúdo que mora na França. Apaixonada por viagens e inquieta por natureza, ela encontrou no nomadismo digital o segredo de sua felicidade, e transforma a saudade que sente da família e amigos em combustível para escrever suas histórias. Gabriela também é fundadora do site Quokka Mag, onde fala apenas sobre coisas boas!

Aos 11 anos, as irmãs gêmeas Helena e Eduarda Ferreira criaram um projeto incrível de incentivo à leitura e contra a violência nas favelas. Através de um canal no Youtube e encontros presenciais para debater livros, a iniciativa Pretinhas Leitoras compartilha o amor das jovens pela leitura e ensina a importância de investir em educação.

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‘Pretinhas leitoras’: irmãs criam projeto de incentivo à leitura em áreas violentas

Pretinhas leitoras

Foi ao viver o cotidiano violento do Morro da Providência – comunidade na cidade do Rio de Janeiro, que elas tiveram a ideia do projeto, ainda em 2015. O objetivo é incentivar outras crianças da região e de outras comunidades violentas a lerem. Cada mês uma obra é escolhida de acordo com a realidade que estas crianças vivem, como por exemplo racismo, um dos temas principais, que inclusive carrega o slogan: “Por uma educação antirracista“.

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Helena e Eduarda Ferreira criaram o projeto aos 11 anos

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Elas são filhas de uma professora de educação básica e pesquisadora – Elen Ferreira, e por isto sempre foram estimuladas a ler. Hoje, é exatamente isto o que elas pretendem fazer, através do canal criado em 2018.

Se no início, era uma ferramenta para discutir os livros infantis que elas estavam lendo, hoje o projeto ganha contornos mais politizados e abre importantes discussões, sobretudo a respeito da importância de se investir em educação.

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Elas são filhas de uma professora de educação básica e pesquisadora

Eduarda pretende seguir na área acadêmica e se especializar em literatura negra. Para ela, os livros são uma forma de motivar as pessoas negras a se amarem.

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O projeto ganha contornos mais politizados e abre importantes discussões

Já sua irmã, Helena, quer ser professora para poder contar a história de seu povo e mudar a realidade de crianças como elas. São jovens como elas que podem mudar a realidade de nosso país. Conheça mais sobre o projeto aqui.

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