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Desde os anos 80, Dráuzio Varella tem tomado esforços para conscientizar sobre os problemas de saúde pública da população brasileira. E um dos seus principais focos sempre foi a população carcerária. Da a eclosão da AIDS nas cadeias até os tempos de hoje, o cenário penitenciário sempre foi objeto de estudo para Varella.
No último domingo (1), Dráuzio fez uma série de reportagens tratando da condição de mulheres trans encarceradas em presídios para homens. As tocantes entrevistas e histórias trazidas pelo médico que tem dons de jornalista dominaram a internet por sua incrível sensibilidade e relevância. Mas uma conversa chamou mais a atenção do público.
O abraço de Dráuzio em Suzy não foi somente um símbolo de sensibilidade, mas uma mensagem de esperança que os internautas adotaram
Uma das participantes da reportagem foi Susy de Oliveira Santos que relatou não ter uma visita na prisão há 8 anos. Dráuzio se compadeceu com a solidão e abraçou a presidiária, em um momento absolutamente tocante.
.@drauziovarella mostrou e o Brasil se emocionou: como é a vida das mulheres trans presas, que enfrentam preconceito, abandono e violência dentro das penitenciárias do Brasil. Veja na íntegra: https://t.co/6GqgW74qmL pic.twitter.com/ThkQw1e3ZN
— Fantástico (@showdavida) March 2, 2020
E seria impossível não se emocionar com a cena:
Caiu um olho aqui na minha lágrima assistindo a matéria do Dr Dráuzio Varella.
— Lazaro Ramos (@olazaroramos) March 2, 2020
Com a grande repercussão da reportagem, uma usuária do Twitter mobilizou uma força-tarefa para descobrir onde Susy de Oliveira estava encarcerada para que, dessa maneira, cartas de apoio fossem mandadas para a entrevistada. Milhares de pessoas se engajaram na campanha, revelando o poder do jornalismo e dando pra gente um tiquinho a mais de esperança na vida.
GENTE! Vamos descobrir o endereço de onde essa moça tá institucionalizada e vamos mandar cartas de apoio pra ela? Assim que eu descobri eu mando aqui. #Fantastico #ShowDaVida https://t.co/Wp3cTo4Qrb
— carol (@fuckyahcarol) March 2, 2020
Para enviar uma carta e ter certeza que ela será entregue ao destinatário encarcerado, é necessário saber o número de matrícula, o raio e a cela em que a pessoa está detida. Sem essas informações, a carta pode não ser entregue. Para saber o raio e cela de Susy de Oliveira Santos, basta ligar para (11) 3645-0113. É importante informar que, em muitas vezes, o conteúdo das cartas é revisado pelos agentes penitenciários.
Após algumas horas, Carol, que iniciou a campanha, conseguiu o endereço e divulgou para que quem quisesse mandar cartas de apoio para a Susy e ajudar a acabar um pouquinho com essa solidão. As cartas são previamente lidas por agentes penitenciários.
Segundo a reportagem do Fantástico, o nome dela é SUSY DE OLIVEIRA SANTOS, 30 anos e se encontra no Centro de Detenção Provisória II – ASP Willians Nogueira Benjamin de Pinheiros. Endereço: Av. Dra. Ruth Cardoso, 1501 – Vila Leopoldina, São Paulo – SP, 05310-000 [@bcharts]
— carol (@fuckyahcarol) March 2, 2020
Outra campanha tem sido feita para localizar Lolla, mulher trans entrevistada por Dráuzio que ganhou liberdade condicional mas afirmou ter medo do mundo de fora da prisão. A missão do Juntos Com Lolla é encontrá-la e fortalecê-la com oportunidades de trabalho, ajuda financeira e o que mais for necessário para que ela consiga se reintegrar à sociedade. Confira:
Uma decisão histórica em 2019, feita pelo Supremo Tribunal de Justiça, moveu uma mulher trans de um presídio masculino para uma ala feminina. A decisão foi tomada após dezenas de denúncias de estupro e tortura pela apelante, que teve seu direito alcançado. Entretanto, essa jurisprudência não é aplicada para todas as presas.
Segundo levantamento pela reportagem do Fantástico, mais de 700 mulheres trans estão presas em penitenciárias masculinas no Estado de São Paulo.
– 1ª reverenda trans da América Latina convive com o medo de morrer
A reportagem de Dráuzio Varella escancarou a realidade e a condição das mulheres trans nos presídios masculinos
A dura condição de vida já proposta pela transfobia se acentua na cadeia e problemas como abandono parental e violência sexual se acentuam na já dura realidade carcerária do nosso país, onde 89% da população vive em presídios superlotados.
Em fevereiro desse ano, o Governo Federal fez um estudo para avaliar as condições dos LGBTQ+ nas prisões brasileiras e descobriu que apenas 106 de 508 cadeias estudadas tinham celas separadas para essa população vulnerabilizada.
Além da solidão, condições de violência e a inexistência de locais de segurança para os LGBTs no geral, mas em especial para as mulheres trans é gravíssima e deve ser transformada, como reconhece o próprio Governo Federal.
“Existem padrões de violação e práticas de tortura que atingem especificamente a população de travestis e mulheres trans nos presídios”, afirmou Gustavo Passos ao G1. Ele coordenou o estudo encomendado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
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