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Durante a pandemia de coronavírus no mundo, os números relacionados a contaminação no Brasil mudam constantemente. Segundo cálculo divulgado pelas secretarias estaduais de Saúde, até 12h20 desta terça-feira (24), são 1.980 casos confirmados de pacientes com a Covid-19. Já o número de mortes decorrentes da doença, de acordo com Ministério da Saúde, é 34, sendo 30 no estado de São Paulo e quatro no Rio de Janeiro.
Em 25 de fevereiro, o Brasil tinha apenas um caso de coronavírus confirmado. O que mais podemos esperar dessa crise?
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De acordo com o pesquisador do Instituto de Física Teórica da Unesp e membro do Observatório Covid-19 Brasil, Roberto Kraenkel, até sexta-feira, o número de casos confirmados no país pode chegar a 7 mil.
Gráfico mostra o avanço da Covid-19
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Em entrevista para o Hypeness, o especialista explicou como a estimativa, de até cinco dias, é realizada: “As projeções atuais, de curto prazo, são feitas supondo que estamos numa fase exponencial com tempo de duplicação de casos entre 2 e 2,5 dias. São refeitas todo dia”.
Ele alerta ainda que a curva epidemiológica da Itália começou parecida com no Brasil e de muitas outras nações. Com isso, Kraenkel sugere que os dados sejam utilizados para antecipar medidas para que se evite mais contaminação.
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“Estamos em contato com autoridades. O acompanhamento da situação possibilitará saber se as medidas que estão sendo aplicadas são eficazes e por quanto tempo serão necessárias. Alguma hora o número cai, mas quando isto vai acontecer não se sabe e dependerá das medidas de isolamento social impostas”, explica.
Drauzio Varella também enxerga o cenário com preocupação. Ao ‘Café da Manhã’, podcast da Folha de São Paulo, o médico disse que é preciso voltar os olhos para as periferias e favelas do Brasil.
A situação nas favelas do Rio de Janeiro é preocupante
“40% da economia brasileira é informal. Essas pessoas saem para trabalhar de manhã pra ter comida no dia seguinte. Não tem 20 reais na poupança, e com aquele dinheirinho que consegue, tenta tocar o dia a dia, na maior dificuldade. O que vai acontecer? Ou nós vamos achar uma forma de que essas pessoas recebam uma cesta básica e uma bolsa, ou vai ser um caos social, risco grande de violência maior do que já vivemos. Não dá pra ficar esperando. Os que fazem home office, tá bom pra eles. Recebem o salário no fim do mês e tá perfeito. O impacto duro mesmo vai ser nos que não têm nada. Os que têm o risco de pegar a infecção, que moram em condições precárias e não tem como sobreviver sem trabalhar. Nós temos que ter medidas urgentes nessa área, e o governo só não vai dar conta. E mesmo que o governo fosse competente, não iria dar conta”.
Pesquisa da Datafolha publicada nesta segunda-feira (23), mostra que apenas 37% das pessoas estão ficando em casa durante a crise. Os trabalhadores de home office, que gozam do privilégio de não ir às ruas, são homens e mulheres jovens e, em sua maioria, de classe média alta. Estes mesmos que confinados obedecendo ordens de distanciamento social, manterão a renda durante os próximos meses e estarão menos expostos à infecção. O problema real é para quem não pode não sair de casa.
– Determinei a revogacao do art.18 da MP 927 que permitia a suspensão do contrato de trabalho por até 4 meses sem salário.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 23, 2020
O presidente da República, Jair Bolsonaro, recebeu críticas pela falta de medidas efetivas para passar tranquilidade e manter as pessoas em casa. Apesar do anúncio de um subsídio de 200 reais por mês para trabalhadores informais no país, a proposta ainda não foi editada. O governo não proibiu demissões, não assegurou manutenção salarial, nem anunciou suspensão da cobrança de aluguéis, contas de água ou luz, andando na contramão da comunidade internacional. Bolsonaro chegou a editar uma Medida Provisória na noite de domingo (22), que permitia o congelamento de salários por quatro meses. Ele voltou atrás e segundo o Estado de São Paulo, pediu ao ministro da Economia Paulo Guedes que retirasse a prerrogativa porque estava “apanhando muito”.
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