Não adianta duvidar. As mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global já estão presentes em nossas vidas, mas, ao mesmo tempo, é preciso reconhecer os esforços que vêm ocorrendo vindos de diferentes frentes. Um estudo recente feito pela Carbon Brief – site especializado em meio ambiente, mostrou que as emissões de carbono no Reino Unido caíram 29% na última década.

Os dados indicam que a queda no uso de carvão foi o principal fator que levou à queda nas emissões, já que os níveis de uso de petróleo e gás natural permaneceram inalterados. Ao longo da última década, as emissões de carbono do Reino Unido caíram até 80%, enquanto o petróleo apenas 6%. Estes números significam que este foi o declínio mais rápido nas emissões em comparação com qualquer outra grande economia, sendo que a última vez que tinha ocorrido uma redução drástica como esta foi em 1888.

O resultado, no entanto, não é à toa e é consequência de esforços de longo prazo para combater as mudanças climáticas. De acordo com o Comitê de Mudanças Climáticas, o Reino Unido foi pioneiro em introduzir uma legislação nacional, que inclui uma meta de 2050 para redução de emissões e um desenvolvimento de um plano de adaptação.

O Carbon Brief afirmou que as emissões de carbono do Reino Unido precisam cair mais 31% na próxima década para que a meta total seja cumprida. Ainda segundo a instituição, com base nas políticas atuais, a projeção é de que o nível não ultrapasse os 10%. Se diminuir o uso de carbono é primordial, ainda há urgência em nos concentrarmos em energias renováveis, reduzindo ainda mais a dependência de carvão, petróleo e gás natural. O futuro somente será possível desta maneira.
