O futuro sempre fascinou a humanidade. Não é à toa a quantidade de artifícios que as pessoas inventam para tentar adivinhar o que será de nós no amanhã. No entanto, se algumas vezes nós erramos feio, em outras nossos antepassados conseguiram prever, com nem tanta exatidão, como seria a vida hoje – atravessada pela tecnologia no melhor estilo ‘Os Jetsons’, série produzida pela Hanna Barbera em 1962.


Esta série de montagens foi retirada de filmes, como ‘De volta para o futuro’ e ilustrações de revistas antigas. Publicada no site Angies List, estas fotografias nos mostram um certo exagero em relação à vida moderna, como uma mangueira para lavar sofás e um robô que faz nossa maquiagem. O designer industrial italiano Joe Cesare Colombo e o autor americano de ficção científica Gregory Benford também deram suas contribuições nesta incrível compilação-profecia.


O artigo publicado em 1950 na revista Popular Mechanics, a pergunta “Qual é o desenvolvimento tecnológico mais impressionante que você pode imaginar sendo aplicado em nossas salas de estar no futuro?”, nos deixa pistas de como nossos avós imaginavam como seria a vida no século 21. A resposta, um tanto inusitada, foi: impermeabilização. Uma casa onde a maioria dos móveis e artigos de decoração seriam de plástico, parece ter sido o sonho de nossos antepassados. No entanto, eles nunca imaginariam que este sonho se transformasse em nosso maior pesadelo em tão pouco tempo.


Esta mesma revista desvendou o sonho das donas de casa da década de 1950: utilizar mangueiras que economizariam seu tempo na lavagem da louça ou mesmo utensílios de plástico descartáveis que simplesmente derreteriam em água quente. Uma empresa de eletrodomésticos se atreveu a prever um futuro ainda mais tecnológico, lavar louça com ondas ultrassônicas.


Hoje, a realidade é um tanto diferente destas profecias dignas de um filme de ficção científica. Se fomos responsáveis por diversas invenções e tecnologias que nunca imaginamos ter, exageramos um pouco ao nos fazer verdadeiros reféns dos combustíveis fósseis. Talvez tenha chegado a hora de pensar em um futuro mais ecológico, com menos plástico e no qual saibamos valorizar mais a natureza e os animais.



