A Grande Barreira de Corais Australiana é a maior estrutura do mundo feita unicamente por organismos vivos e pode ser vista do espaço. No entanto, a ação irresponsável do homem esta imensa faixa de corais, que atualmente enfrenta o maior branqueamento da história. O evento, alertam especialistas, é potencialmente devastador e aconteceu devido ao aumento das temperaturas oceânicas acima da média para a época do ano.

As temperaturas costumam ficar entre 0,5 e 1,5 ° C, mas o termômetro já chegou a bater os 3 ° C neste ano. O branqueamento é um fenômeno em que se observa a expulsão ou a destruição do pigmento de algas que vivem em simbiose com o coral. Ele acontece quando as temperaturas estão muito altas, mas o real dano nós só saberemos em algumas semanas.

Resultado direto das mudanças climáticas, somente entre 2016 e 2017, cerca de metade dos corais que compõem a Grande Barreira de Corais morreu. Para o cientista chefe da Autoridade de Parques Marinhos da Grande Barreira de Corais – David Wachenfeld, as temperaturas do oceano ao redor dos recifes durante o próximo mês serão ainda mais críticas. “As previsões indicam que podemos esperar níveis contínuos de estresse térmico por pelo menos as próximas duas semanas e talvez três ou quatro semanas.”

Portanto, as condições climáticas das próximas semanas determinarão o real estrago do maior branqueamento já visto. Nos últimos anos, diversos eventos de branqueamento de corais atingiram a área de mais de 345 mil quilômetros quadrados. Mas ao que parece, a preocupação deste ano é ainda maior: “Certamente é um evento de branqueamento de ponta a ponta com os bits mais severos em cada extremidade – e não parece bom para o extremo sul”, completou William Skirving, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).

O que nós podemos fazer? Além de torcer para que a temperatura esfrie e a barreira de corais se recupere, certamente mudar nossa atitude para com o meio ambiente. Deixar de usar esfoliante, limitar o uso do plástico e estar consciente dos cosméticos que usamos gera uma reação em cadeia que faz toda a diferença para este imenso ser vivo, que pode ser visto do espaço de tão grande.