As cirurgias virtuais já são uma realidade e devem se tornar mais frequentes no futuro. Com menor risco cirúrgico e de contaminação, elas são a aposta da medicina para os próximos anos.
Com o uso da realidade virtual, as cirurgias poderão ser planejadas à distância e assistidas por robôs em ambientes totalmente isolados. Procedimentos realizados dessa forma reduzem consideravelmente o risco de infecções hospitalares e podem se tornar tendência em tempos de Coronavírus, em que o contato físico deve ser mantido apenas quando estritamente necessário.
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Cirurgias virtuais podem salvar vidas no futuro
O cirurgião-dentista Vinicius Garcia Araújo é especialista no uso de cirurgias virtuais no Brasil e aposta no poder da tecnologia como aliada na área da saúde.
“Cada vez mais vamos ter cirurgias guiadas, planejamentos 3D virtuais e tudo será feito com o mínimo de contato humano com o paciente na hora da operação, prevenindo não apenas contágio, mas também aumentando a precisão e assertividade dos procedimentos”, explica.

Vinicius Garcia Araújo
Cirurgias virtuais: o futuro da medicina
Devido à pandemia de Coronavírus, hospitais em todo o mundo estão cancelando cirurgias agendadas e restringindo atendimentos somente para situações urgentes. As medidas visam evitar que pacientes sejam expostos ao vírus.
De acordo com a equipe do profissional, o risco de contrair o Covid-19 se tornou iminente mesmo em ambientes controlados, como os de uma sala cirúrgica. As cirurgias virtuais devem ser a nova aposta da medicina na redução destes riscos e já são indicadas em diversos casos.
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Cirurgia virtual é uma das apostas da medicina no futuro
“Na área da odontologia, por exemplo, através de um exame tomográfico e do escaneamento virtual de arcada e face, fazemos a modelagem através de software e o planejamento de qualquer cirurgia, seja ela de implantes, remoção de tumores e deformações esqueléticas. O mesmo pode ser aplicado a diversas outras áreas da medicina”, diz Vinicius.

Planejamento da cirurgia virtual é feito pelo computador
À medida que estes procedimentos se tornarem mais comuns, espera-se que robôs e braços mecânicos com altos índices de precisão sejam desenvolvidos para realização de cirurgias utilizando câmeras e sensores. “Isto tudo resulta em maior previsibilidade e menos risco de morte para o paciente, além de um pós cirúrgico mais tranquilo”, defende o cirurgião-dentista.
Outra possibilidade oferecida pela tecnologia é o uso de algoritmos para prevenção de doenças. Atualmente, eles já são utilizados em pesquisas que buscam estimar o momento em que pacientes terminais irão morrer.
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