Ciência

Edição virtual da Feira de Jovens Cientistas é oportunidade para estudantes de todo Brasil

20 • 04 • 2020 às 13:34
Atualizada em 20 • 04 • 2020 às 14:08
Yuri Ferreira
Yuri Ferreira   Redator É jornalista paulistano e quase-cientista social. É formado pela Escola de Jornalismo da Énois e conclui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Já publicou em veículos como The Guardian, The Intercept, UOL, Vice, Carta e hoje atua como redator aqui no Hypeness desde o ano de 2019. Também atua como produtor cultural, estuda programação e tem três gatos.

Vivemos em tempos bastante sombrios, em que a importância das ciências tem sido bastante diminuída por parte das autoridades e seu financiamento tem sido cortado gradativamente há anos. No entanto, a necessidade de continuar pesquisando e inovando continua, e os jovens brasileiros tem se desdobrado para manter usas pesquisas e aumentar o interesse na produção científica.

Uma dessas jovens é a Juliana Estradioto, vencedora do Intel Isef de 2019 e nome de um asteroide! Ela conduziu uma incrível pesquisa, recebeu prêmios internacionais e junto de outros jovens cientistas brasileiros criou a Feira Brasileira de Jovens Cientistas (FBJC), a primeira feira de ciências online para jovens do nosso país.

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“A FBJC foi idealizada por ex-finalistas de Feiras de Ciências do Brasil Inteiro. Somos jovens de 18 a 20 anos, de três regiões diferentes. E uma coisa que sempre incomodou muito a gente quando apresentávamos nossos projetos de pesquisa era que muitas vezes a gente não tinha recurso pra ir pra participar porque ela acontecia longe de casa; tinha que pagar inscrição, passagem, hospedagem, etc. Então a questão financeira pesava demais”, contou Juliana ao Hypeness.

Apesar de coincidir de maneira incrível com a quarentena causada pelo coronavírus, o projeto foi idealizado bem antes de entrarmos em isolamento social. A ideia é garantir acesso a jovens de todos os cantos do país e democratizar o acesso à ciência.

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Juliana foi responsável por uma pesquisa sobre o reaproveitamento da casca de macadâmia

“Pensamos em criar algo virtual para que fosse mais popular, para que mais gente tivesse acesso e pudesse participar de casa. Com a quarentena, tudo veio a calhar. Atualmente a gente precisa bastante dessas atividades virtuais. A nossa missão é justamente aumentar o acesso à ciência, aumentar o interesse dos jovens à ciência. Além de aceitar os jovens que já tem projetos, que já estão engajados na pesquisa – que é o que normalmente acontece nas feiras -, a gente quer também abraçar as pessoas que querem se integrar com isso”, adicionou.

A feira vai contar com palestras de cientistas brasileiros renomados, além de workshops e uma maratona de inovação, em que as pessoas se reunirão em grupo para desenvolver projetos, aumentando o contato entre os participantes e promovendo um networking entre jovens com interesse em ciências.

As inscrições são de baixo custo: para quem não tem projetos e deseja conhecer mais o mundo da ciência e da pesquisa, o valor é de 25 reais. Para quem tem um projeto e quer apresentá-lo, o valor é de 60 reais. Os prêmios ultrapassam os 6 mil reais para os vencedores. Para se inscrever, é só entrar no site da Feira Brasileira de Jovens Cientistas.

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