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Primeira diretora da Escola de Enfermagem da USP (Universidade de São Paulo), Edith de Magalhães Fraenkel atuou na luta contra a gripe espanhola no Brasil. Em 1918, quando o vírus se alastrou pelo país, ela ainda não era enfermeira, mas já levava a vocação na veia.
A história de Edith foi resgatada recentemente em reportagem publicada pelo Universa, do Uol. Sua carreira teve início como visitadora sanitária, atividade que exerceu após concluir um curso de socorrista voluntária.
A formação treinava mulheres para lidar com os feridos da Primeira Guerra Mundial, mas a chegada da pandemia de gripe espanhola ao Rio de Janeiro fez com que muitas profissionais passassem a cuidar dos infectados. O surto do vírus parou o estado e levou à morte do presidente do Brasil.
Foto: Acervo Escola de Enfermagem da USP
Os esforços de Edith e de outras mulheres que ocupavam posições similares foram fundamentais para desenvolver a educação sanitária entre a população. Isso tudo em uma época em que até mesmo médicos receitavam gargarejos para combater a gripe – hoje sabe-se que a técnica é ineficaz.
Anos depois, a pioneira foi reconhecida como “sócia remida da Cruz Vermelha Brasileira” por seu esforço junto à sociedade durante a pandemia de gripe espanhola. Ela chegou a se tornar chefe do serviço de visitadoras sanitárias, além de seguir combatendo outras doenças, como a tuberculose.
Sempre se destacando por seu profissionalismo, Edith conquistou uma bolsa de estudos da Fundação Rockefeller para estudar enfermagem nos Estados Unidos. No retorno ao Brasil, tornou-se a primeira brasileira a atuar como professora na área.
Nelson Rockefeller com Edith de Magalhães Fraenkel. Foto: Acervo Escola de Enfermagem da USP
Entretanto, a luta desta mulher não era apenas pela saúde, mas por igualdade. Uma de suas demandas era pelo direito feminino ao voto, conquistado em 1932. Ela também acreditava que mulheres casadas deveriam poder trabalhar e exercer outras atividades sem pedir autorização ao marido – uma ideia quase extravagante para a época.
Nos anos 40, já à frente da Escola de Enfermagem da USP, fez com que a instituição se tornasse pioneira em aceitar alunos homens e negros. Apesar disso, ninguém a apoiou quando realmente foi preciso…
Em 1995, uma denúncia de irregularidades na Escola de Enfermagem a afastou de sua função. A denúncia foi retirada em poucas semanas, mas Edith preferiu se aposentar após a humilhação, tendo passado o resto da vida com uma pensão que equivaleria hoje a cerca de R$ 2.000.
A enfermeira faleceu em 1969, aos 79 anos.
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