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A China classificou ter recebido com “forte indignação” mais um ataque brasileiro que inaugura outro momento de tensão na relação entre Brasil e China. A embaixada chinesa rebateu, por meio do Twitter, declarações do ministro da Educação do governo Bolsonaro, Abraham Weintraub.
Ele ironizou o país onde pandemia do novo coronavírus começou nas redes sociais, usando a capa de um gibi da Turma da Mônica. Weintraub apagou o tweet, mas não a tempo de causar revolta para quem leu a mensagem, escrita de uma maneira gramaticalmente errada propositalmente para, supostamente, imitar a fala de um chinês.
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O ministro da Educação do governo Bolsonaro, Abraham Weintraub
“Geopolíticamente, quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cRise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?”, escreveu Weintraub, insinuando também que a China se beneficiaria em provocar uma pandemia mundial.
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Depois de criticado nas redes social, Weintraub deletou o tweet preconceituoso
No Twitter, a Embaixada da China no Brasil publicou que: “tais declarações são completamente absurdas e desprezíveis, que têm cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil”.
— Embaixada da China no Brasil (@EmbaixadaChina) April 6, 2020
Em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta manhã (6 de abril), o ministro se defendeu dizendo que não foi racista e preconceituoso. “Quem disse que eu sou racista, tem que provar que sou racista. Eu não sou racista. Pela minha origem familiar e pela origem pessoal”, afirmou.
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Weintraub prosseguiu se justificando, alegando que já fez seu MBA na Universidade chinesa de Hong Kong, o que, em sua concepção, lhe isenta de racismo com o povo chinês. “Falar que sou racista, se fosse um brasileiro, teria que provar na justiça. Não acho que foi um post pesado, tenho muito amigos chineses e já fui lá”, disse.
Esse é mais um atrito entre Brasil e China em menos de um mês. Em março, Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, disse que a culpa da epidemia era da China e comparou a pandemia ao acidente nuclear de Chernobyl.
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A Embaixada da China chegou a dizer que Eduardo Bolsonaro contraiu “vírus mental” ao voltar de Miami e que está “infectando a amizades entre os nossos povos”. Na ocasião, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, pediu desculpas à China e ao embaixador pela fala de Eduardo.
Com tantas desavenças seguidas, o Brasil não está com uma boa imagem para os chineses, nem os residentes do Brasil, nem os residentes do próprio país, como demonstra a imprensa de lá. O tabloide chinês Huanqiu/Global Times ironizou em título que, em meio à escalada dos números do coronavírus no Brasil, “Presidente brasileiro convoca jejum para se livrar do pecado”.
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Mas o tom sobre o Brasil na cobertura chinesa é, de modo geral, sombrio. Na rede CCTV, “Três epidemias estão para acontecer ao mesmo tempo no Brasil”, se referindo também a dengue e a gripe. E o diário Xin Jing Bao, de Pequim, entrevista uma chinesa em São Paulo que conta como o país foi “lento” ao reagir e até agora, por exemplo, “poucos usam máscaras”.
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