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Nos anos 1960, um retiro secreto recebia crossdressers em Jewett, uma pequena cidade no estado de Nova York, Estados Unidos. O local, apelidado de Casa Susanna, era um refúgio seguro para quem não se enquadrava no sonho familiar americano.
O espaço existia desde a metade dos anos 50, quando Tito Valentini e sua esposa Maria adquiriram uma pousada na região. Durante o dia, Maria tinha uma loja de perucas na Fifth Avenue, enquanto Tito trabalhava em uma estação de rádio espanhola. Quando anoitecia, ele se tornava um crossdresser feminino profissional: Susanna Valenti.
A experiência de Tito o levou a se tornar uma espécie de guru para outros performers. Iniciantes pagavam US$ 25 por final de semana para aprender as técnicas de Susanna em seu apartamento.
Se corrigida de acordo com a inflação do período, a quantia equivaleria a mais de US$ 200 dólares hoje; uns R$ 1.000.
Percebendo o sucesso da empreitada, o casal decidiu investir em uma pousada para que crossdressers pudessem aprender e trocar experiências. Com seus ganhos na loja de perucas, Maria investiu em uma propriedade que se tornaria referência na região.
A primeira tentativa envolveu a criação do resort Chevalier D’Eon, nome dado em homenagem a uma espiã transexual francesa do século 18. A procura era tanta que o espaço ficou pequeno.
Foi necessário se mudar para uma área ainda maior. Assim nascia a Casa Susanna, uma construção com sete quartos, que disputava o terreno com mais alguns bangalôs, conforme resgata o Messy Nessy Chic.
Durante o verão, uma legião de pessoas não-binárias se dirigia ao local para aulas intensivas com Susanna Valenti. No restante do ano, os mesmos crossdressers reservavam alguns dias no estabelecimento apenas para poder viver 100% livres de tabus.
Sempre inovando, a Casa Susanna contratou um fotógrafo para registrar o dia a dia nestes retiros repletos de feminilidade. Andrea Susan clicava os momentos passados no espaço e revelava as imagens sem a necessidade de levá-las a um laboratório externo. Com isso, evitava expor pessoas que estavam buscando privacidade.
Andrea era também transformista. Embora fosse conhecida por sua identidade feminina no resort, respondia por seu nome masculino quando estava fora dali, Jack Mallick.
Álbuns de fotografias registradas por Andrea/Jack foram encontradas por Robert Swope e Michel Hurst em um antiquário em 2004. Sem que o autor das imagens soubesse, elas foram transformadas no livro “Casa Susanna” e serviram para resgatar a história do espaço, até então desconhecido.
Apenas em 2013 o fotógrafo se deparou com o livro que divulgava sua obra, enquanto apresentava, como Andrea, o Fantasia Fair, em Provincetown. O evento trata-se de uma conferência que questiona os padrões de gênero.
Embora as imagens estivessem sem créditos, seu trabalho havia ganhado o mundo e finalmente encontrado seu autor.
Desde então, a filha do fotógrafo, Jacqueline, fez questão de devolver ao pai os créditos que ele merecia, seja assinando como Jack ou como Andrea.
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