Os hábitos e particularidades culturais são elementos determinantes sobre a dimensão e o impacto da pandemia do coronavírus em cada país – e por esse motivo diversas medidas particulares são também tomadas pelos países para evitar que a população rompa o isolamento e saia da quarentena. Nenhuma medida, no entanto, foi tão louca e singular quanto a tomada pelo governo da Indonésia para manter a população em casa: recorrer a fantasmas.

Os “pocongs” contra o coronavírus na Indonésia © Reuters
Trata-se de um folclore popular no país: os “pocongs” seriam figuras do além que representam a alma dos mortos presas em seus corpos e roupas. Para intimidar os moradores de vilarejos na Indonésia que não estão cumprindo o isolamento, voluntários estão se vestindo com tecidos brancos amarrados cobrindo todo o corpo para “assombrar” as ruas dos vilarejos – e em diversos locais a louca medida tem funcionado.

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Segundo Anjar Pancaningtyas, líder de um grupo de jovens que coordenou a iniciativa junto à polícia, a ideia era jogar com o imaginário da população para manter as pessoas em casa através do medo. “Queríamos ser diferentes e criar um efeito de impacto pois pocong é assustador”, disse. A iniciativa civil é fundamental, visto que, apesar dos quase 5 mil casos de coronavírus e quase 400 mortes no país, o presidente da Indonésia, Joko Widodo, segue recomendando somente que a população mantenha a higiene e evite aglomerações, sem impor isolamento ao país. Pocong_

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