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O pastor Landon Spradlin não estava preocupado com a infecção pelo coronavírus quando viajou a Nova Orleans, nos Estados Unidos, para pregar durante o Mardi Gras — o festival de carnaval celebrado em março na cidade americana. Um mês depois, Landon, de 66 anos, está morto por causa da Covid- 19.
Spradlin viu o festival como uma oportunidade de, através da música, “salvar as almas de algumas de centenas de milhares de pessoas” que estariam nas ruas. Ele participou do evento com a esposa e duas de suas filhas, que vieram do Texas, também o acompanharam.
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“Sua missão era ir a pubs, clubes noturnos e bares para tocar blues e se conectar com os músicos, falando do amor de Jesus”, disse a filha Jesse, de 28 anos, em comunicado da família divulgado para a imprensa.
Spradlin com a esposa e as filhas
Spradlin tocava guitarra desde os quatro anos de idade e, em 2016, foi incluído no Hall da Fama do Blues de Virgínia. A religião, diz a família, o salvou o alcoolismo e do vício em drogas que o acometeram aos 20 e poucos anos.
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Nos anos mais recentes, o pastor estava realizando o sonho de pregar através da música — e sua experiência difícil com drogas o tornava mais próximo de pessoas que se sentem tristes e excluídas, algo com o qual ele conseguia se identificar. No Mardi Gras, a banda da família tocou em uma praça movimentada, sem perceber a ameaça à qual estavam expostos.
Mas a organização do festival também tem contas a prestar sobre a segurança de seus frequentadores. Ainda que já tivesse passado um mês desde o primeiro caso confirmado de coronavírus nos Estados Unidos, o Mardi Gras foi adiante normalmente.
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Após o festival, quando já tinha sintomas da doença, o pastor postou nas redes sociais sobre a “histeria” em relação à Covid-19. Ele também fez publicações sugerindo que as notícias sobre a doença eram um complô para prejudicar a imagem do presidente americano Donald Trump. No mesmo dia, mais cedo, em uma coletiva de imprensa, o próprio presidente americano tinha dito algo parecido.
Agora, a família de Landon — mulher e cinco filhos — esperam que a pandemia de coronavírus passe, para poderem realizar um velório em memória ao ente falecido.
Sem poder ter um velório, a família fez apenas um enterro no qual poucas pessoas compareceram, incluindo um guitarrista de blues que tocou ao lado do caixão
Enquanto isso, o governo americano tem sido acusado pelas autoridades locais de negligência e da falta de esforços coordenados para evitar novas contaminações. Nos Estados Unidos, a opinião pública sobre a pandemia praticamente varia conforme sua posição política. Pesquisas mostram que os republicanos estão mais inclinados a pensar que há uma reação exagerada ao coronavírus; já os democratas, que a situação não está sendo levada a sério o suficiente.
Já no Brasil, um relatório técnico assinado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e especialistas em saúde afirma que o país terá pico dos casos de Covid-19 em abril e maio. É possível que a pandemia continue até meados de setembro. O texto foi publicado nesta terça-feira (7) na “Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical” e divulgado pela agência de notícias científicas Bori.
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O autor principal do relatório é o médico infectologista Julio Croda, que em março deixou o cargo de diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis e é pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (MS) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Assina também Wanderson Kleber de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde, entre outros.
O texto fala sobre como o Brasil enfrenta a pandemia, traz a cronologia das ações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do país, e alerta para o período de outono e inverno, em que há maior ocorrência de doenças respiratórias. O relatório também cita medidas como isolamento social e uso de máscaras como formas de conter a pandemia no Brasil.
“Assim, existem preocupações quanto à disponibilidade de unidades de terapia intensiva (UTI) e ventiladores mecânicos necessários para pacientes hospitalizados com Covid-19, bem como a disponibilidade de testes de diagnóstico específicos”, alerta o documento.
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Diante desse cenário, o isolamento social continua sendo apontado como uma das medidas usadas no Brasil para evitar a disseminação da doença. Para aqueles que precisam sair de casa, o uso de máscaras protetora também é determinado e, para todos, a higienização correta e constante das mãos é sempre pedido.
Quanto mais protegido o brasileiro estiver, menos a incidência de casos nos hospitais. De acordo com um estudo publicado por pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), na última semana, serviços hospitalares do Brasil devem começar a sofrer escassez de leitos (tanto de baixa complexidade como de UTI) e ventiladores mecânicos ainda este mês por causa da pandemia de coronavírus.
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O levantamento “Demanda por serviços de internação de pacientes com Covid-19 no Brasil” foi feito em parceria com a Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard e com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde e leva em consideração 12 cenários distintos, com datas diferentes para o colapso nos sistemas de saúde de nove regiões metropolitanas.
O melhor dos cenários previstos pelo estudo, São Paulo, capital do estado com maior quantidade de casos do país, tem o esgotamento de leitos de baixa complexidade previsto para o dia 19 de abril; no pior dos cenários, a escassez chegaria no dia 12 deste mês.
O estudo também alerta que, com o sistema em colapso, médicos brasileiros teriam de enfrentar o dilema de escolher quais pacientes receberiam ventiladores mecânicos e quais ficariam sem — situação já vivida por profissionais de saúde na Itália.
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