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Segundo a história tradicional, esta da maioria dos livros didáticos, o Brasil existe desde que foi “descoberto” por Pedro Álvares Cabral. No entanto, sabemos que esta não é a real história, já que antes da colonização mais de 5 milhões de índios de diversas etnias habitavam este país tropical e bonito por natureza. A chegada dos portugueses representou uma verdadeira catástrofe para os indígenas brasileiros, que continuam lutando até hoje para existir enquanto políticas genocidas invadem suas terras e exterminam suas populações. Porém, um final feliz inédito finalmente aconteceu e um acordo irá indenizar o povo Ashaninka, do Acre. Suas terras foram desmatadas no início dos anos 1980 para abastecer a indústria de móveis da Europa. Quase 4 décadas depois, eles não somente irão receber 14 milhões de reais, com um pedido de desculpa.
O conflito foi resolvido através da mediação do Procurador-Geral da República – Augusto Aras, depois que um processo tramitou por mais de 20 anos na justiça. Apenas um detalhe: a madeireira penalizada era da família do atual governador do Acre, Gladson Cameli (PP), o que deixa ainda mais claro que o Brasil ainda vive naquele sistema de capitanias hereditárias, do qual poucas famílias endinheiradas comandam o país com carteiradas. Francisco Piyãko, o líder da comunidade Ashaninka, disse que a vitória é muito representativa para todos os índios do Brasil. “Muitas comunidades (indígenas) têm que se ver dentro desse reconhecimento. E que sirva de referência para outras empresas, porque existe uma legislação e direitos que precisam ser respeitados”, afirma.
A vitória aconteceu no dia 1º de abril e representa a mais importante, desde o reconhecimento de seu território pelo governo federal, em 1992. Os indígenas, no entanto, somente concordaram com o acordo se este vieste com um pedido de desculpa e o reconhecimento de sua “enorme importância como guardiões” da Amazônia. E estão errados? O crime aconteceu entre 1981 e 1987, quando a indústria moveleira derrubou milhares de exemplares de mogno, cedro e outras espécies. A devastação foi tanta que atingiu um quarto da área que hoje é a terra indígena e provocou miséria entre seus habitantes. Francisco Piyãko, que na época era adolescente, passou a vida inteira esperando por justiça.
“Para nós, o que vale é o que esse acordo representa para a causa Ashaninka, e como isso pode repercutir para afirmar os direitos e valores dos povos indígenas em uma visão mais ampla”, completa emocionado. Esta foi a primeira vez que a justiça brasileira deu razão aos indígenas e incriminou a indústria. Francisco não foi o único a comemorar. Depois de séculos de luta, é lindo de ver que aqueles que sempre habitaram o Brasil possam, finalmente, ser vistos e reconhecidos. O Procurador-Geral da República – Augusto Aras, celebra: “Este registro é um sentimento profundo de que estamos construindo um novo momento de paz, harmonia, e, acima de tudo, de saber que as feridas existem para serem curadas, não eternizadas”.
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