Pouco pensamos sobre isto, mas a luz exerce um papel essencial em nossas vidas. Para a artista Chris Wood, no entanto, mais do que isto, a luz é a grande protagonista de suas obras. Em suas instalações, é ela que assume o papel que as cores teriam caso ela fosse um pintora. Usando uma tecnologia desenvolvida pela NASA, ela chama atenção para um fenômeno mágico e cria obras incríveis que produzem reflexos e fragmentos de cores em vitrais tons de neon.

Formada em design pela renomada Royal College of Art, em Londres, Wood se especializou em arte com vidro e seu portifólio é resultado de anos de pesquisas e testes. Foi ainda na faculdade que a artista conheceu o dicróico, um revestimento desenvolvido pela NASA no início do século 20. “Isso me fascinou absolutamente, mas lutei para encontrar uma maneira de trabalhar com esse material incrivelmente visualmente complexo de uma maneira que eu estava feliz”, explica.

O material dicróico pode absorver raios de luz com polarizações diferentes em quantidades diferentes ou pode dividir um feixe de luz em dois feixes diferentes. Graças a esta propriedade, ele é muito usado em filtros, espelhos e, mais recentemente, nas instalações de Chris Wood.

O Light Wall, localizado em Taipei, é uma das mais recentes obras de Wood, feita a partir do dicróico. A instalação possui mais de 2.500 filetes de vidro posicionados em torno do perímetro do piso superior do Centro Nacional de Convenções e Exposições. Extremamente simbólica, na cultura de Taiwan “lanternas vermelhas são um símbolo da vida em expansão e de negócios prósperos na cultura chinesa”, explica.

Através desta brincadeira de luzes e cores, quando o sol brilha no edifícil, algo de mágico parece acontecer por lá, resultado de quando a tecnologia resolve se juntar à arte!




