China revela 1ª apresentadora virtual desenvolvida por inteligência artificial e tecnologia 3D

Vitor Paiva  • Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

Apresentada recentemente pela agência estatal chinesa Xinhua, a primeira apresentadora digital, feita com tecnologia 3D e inteligência artificial do mundo já está trabalhando. Batizada de Xin Xiaowei, a âncora humanoide replica à perfeição a aparência, feições, os movimentos e a fala de uma jornalista humana. Os movimentos da apresentadora digital são suaves e precisos, incluindo detalhes discretos como meneios de cabeça e piscar de olhos enquanto fala.

“Eu posso me apresentar enquanto estou sentada, em pé ou andando por aí. Tenho expressões faciais flexíveis, movimentos e também posso mudar penteados e roupas. No futuro, vou aparecer em mais estúdips de notícias. Minhas expressões e movimentos serão aprimorados e atualizados”, disse Xin Xiaowei, em vídeo de lançamento de sua “carreira”. Sua criação se deu a partir de uma tecnologia “multi-modal de reconhecimento e síntese, reconhecimento facial e animação e capacidade de adquirir conhecimento”, disse a Sogou, empresa parceira da iniciativa.

Here comes Xin Xiaowei, the world's first 3D #AINewsAnchor.
Jointly developed by Sogou and Xinhua News Agency, she will report for Xinhua News Agency on the #TwoSessions, creating a new and dynamic viewing experience. pic.twitter.com/5Tok2Mm3Pl

— Sogou Inc. (@Sogou_Inc) May 21, 2020

Essa não é a primeira apresentadora digital da agência: desde 2018 que a Xinhua vem investindo em apresentadoras-virtuais, jornalistas robôs que fazem as vezes das âncoras humanas. Xin Xiaowei é pioneira, no entanto, no uso das tecnologias 3D e de inteligência artificial para seu desenvolvimento.

A ideia, segundo a Soguo, é que no futuro a jornalista possa sair do estúdio para oferecer um “estilo novo de jornalismo em diversos cenários”.