Tecnologia

Coronavírus abre espaço para golpistas que se passam por Datafolha para clonar WhatsApp; entenda e se proteja

28 • 05 • 2020 às 18:05
Atualizada em 28 • 05 • 2020 às 18:13
Yuri Ferreira
Yuri Ferreira   Redator É jornalista paulistano e quase-cientista social. É formado pela Escola de Jornalismo da Énois e conclui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Já publicou em veículos como The Guardian, The Intercept, UOL, Vice, Carta e hoje atua como redator aqui no Hypeness desde o ano de 2019. Também atua como produtor cultural, estuda programação e tem três gatos.

Atenção, cuidado com o golpe! Segundo informações do UOL, diversos golpistas estão se aproveitando da pandemia de coronavírus – e da enxurrada de informações – para aplicar golpes via Whatsapp. Os estelionatários, diz a reportagem, se passam por institutos de pesquisa, como o Datafolha, e começam a fazer uma pesquisa, com linguagem técnica e rebuscada. Após concluírem o questionário, pedem para o entrevistado enviar um número de confirmação que chega por SMS.

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Golpe do Whatsapp tem feito diversas vítimas durante a crise do coronavírus

“Ele pergunta sobre covid, se alguém da família teve sintomas. A linguagem é bem técnica e ao final ele fala: ‘para confirmar sua pesquisa, foi enviado para o seu celular via SMS seis dígitos para confirmar a pesquisa. Você pode me informar por favor?’ Quando você informa, ele clona seu WhatsApp”, afirmou uma vítima ao UOL.

Basicamente, com um celular sem chip ativado, eles usam o número do usuário e tentam logar na conta do WhatsApp quando a vítima termina a pesquisa. Os estelionatários enviam o código de segurança e a pessoa perde acesso a suas conversas pessoais.

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Não é a primeira vez que bandidos utilizam o coronavírus como chance para tentar ganhar alguma coisa ilegal: golpes relativos ao auxílio emergencial atingiram mais de 7 milhões de pessoas, que clicaram em links maliciosos e perderam seu CPF graças a estelionatários virtuais, segundo a PSafe.

“Em momento nenhum, nas pesquisas do Instituto Datafolha, são enviadas mensagens de confirmação”, disse, à Folha de S. Paulo, Mauro Paulino, diretor do instituto de Pesquisa.

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Fotos: © Getty Images


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