Futuro

Coronavírus pode impulsionar vendas de ‘carnes de planta’; entenda

06 • 05 • 2020 às 10:17 Vitor Paiva
Vitor Paiva   Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

A pandemia do novo Coronavírus já está transformando nossas vidas de maneira nunca antes vista – e aparentemente tais mudanças atingirão também nossa alimentação. Uma pesquisa recente aponta que o mercado de carnes vegetais – feitas não a partir de ingredientes animais, mas sim tendo como base plantas para feitura da “carne” – irá crescer consideravelmente nos próximos 12 meses: o mercado que em 2020 é avaliado em 3,6 bilhões de dólares alcançará o patamar de 4,2 bilhões de dólares em 2021, diz a pesquisa, apontando a Covid-19 como um dos principais fatores de tal crescimento.

© AP

Intitulada “O impacto da Covid-19 no mercado de carnes baseadas em plantas”, a pesquisa foi realizada pela empresa Markets e Markets, e sugere que o medo das doenças oriundas dos animais e eventualmente do consumo desregrado de carne animal é parte determinante desse crescimento.

Hambúrguer da marca Beyond Burger © Divulgação

“O medo entre os consumidores de um número crescente de doenças advindas de animais como a Covid-19 está aumentando a população vegana, assim como o conhecimento dos consumidores dos benefícios nutritivos oferecidos por carnes vegetais são os fatores que irão mover o crescimento da indústria de carnes baseadas em ingredientes vegetais”, diz o estudo.

Parte de carnes vegetais em supermercado nos EUA © Getty

 A pesquisa aponta marcas como Beyond Meat, Impossible Foods, Maple Leaf Foods Inc., The Meatless Farm Co. e Garden Protein International como fortes exemplos de tal crescimento – no Brasil, empresas como Behind the Foods e Fazenda Futuro se destacam em um mercado que aos poucos começa a também atrair gigantes que antes se restringiam à venda de carne animal, como JBS, Seara, Sadia e BRF.

Produto da marca Fazenda Futuro © Divulgação

A mudança, segundo a pesquisa, também é movida pelo anseio geral por uma vida mais sadia e pelo desejo por parte do público consumidor de não compactuar com as crueldades praticadas em nome da ampliação do lucro pela indústria agropecuária em todo o mundo.

© Divulgação

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