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Há um ano e oito meses, a vida de Caroline Pereira da Silva, de 10 anos, mudou completamente. Portadora da Síndrome de Dravet, uma forma rara da epilepsia, ela começou a fazer o tratamento com um óleo natural extraído da maconha.
“Nessa quarentena, com mais tempo, a gente está tendo tempo pra ver os avanços dela. Nos chama muito a atenção que ela está correndo, antes ela não brincava. Deu nome para as bonecas, diz que não aguenta mais o coronavírus, que quer sair pra passear. Hoje, ela tem noção de tudo que está acontecendo. Jamais imaginamos isso”, disse a mãe de Carol, Liane Pereira, em entrevista concedida ao G1.
Carol e a mãe, Liane
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Antes do uso medicinal do Canabidiol, Carol chegou a ter 50 crises por dia. Para comemorar os 20 meses sem convulsões, Liane postou uma foto da filha nas redes sociais. Na imagem, a pequena moradora de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, segura uma muda de maconha e um cartaz onde explica como o uso diário do óleo artesanal mudou a sua vida. O cultivo da planta é feito no quintal da casa da família desde 2019 e tem autorização judicial.
Além disso, a quantidade de anticonvulsivos também diminuiu. Antes do uso da maconha eram cinco, agora Carol precisa de apenas um.
De acordo com a mãe, há seis anos, ela chegou a ficar internada no Hospital da Criança Santo Antônio durante seis meses e depois passou por mais sete internações no mesmo ano.Foi durante essa época que os pais de Carol, Liane, de 51 anos, e o marido José Juarez Gomes da Silva, de 58 anos, conheceram o uso do Canabidiol (CBD) – derivado da Cannabis Sativa, planta também conhecida como maconha – e conseguiram o direito de importar o medicamento.
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Eles ficaram sabendo do tratamento alternativo por meio do filme “Ilegal”, que conta a história da luta de uma família para conseguir CBD para tratar a filha.
A família de Carol conseguiu o direito de importar o CBD depois de um processo jurídico, mas a um preço alto. A substância custava de R$ 3 mil por mês. Liane e é professora aposentada e José é chapeador. Para conseguir custear o valor, a família chegou a fazer rifas, vaquinhas na internet e até mesmo empréstimos bancários.
Depois de um tempo, a família conseguiu que o SUS pagasse a importação do medicamento. Porém, a burocracia do processo fez com que a menina ficasse meses sem usar a substância.
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Até que em abril de 2017, Liane se inspirou na história de outra família para mudar o jogo. Ela viu no Fantástico outra briga na Justiça, dessa vez pelo direito de plantar a maconha medicinal.
“A gente conheceu a história da Cidinha, que tem a mesma doença da Carol. A família conseguiu autorização da Justiça para cultivar e colher maconha medicinal em casa. Eu vi que ela estaria fazendo uma abertura na Marcha da Maconha em São Paulo, a gente conheceu a Cultive – Associação de Cannabis e Saúde, que ajuda famílias com filhos nessa situação. Fizemos cursos lá de como extrair o óleo essencial da planta. Ao final desses cursos, a gente ganhou mudas das plantas para trazer pra casa”.
Liane conta que, em nome dos cuidados com a filha, se arriscou ao levar a planta de São Paulo de volta para casa. Após o início do cultivo ainda ilegal, a família entrou com outro pedido judicial, dessa vez de habeas corpus, uma vez que informou e admitiu o crime de cultivar maconha em casa.
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Depois de juntar laudos médicos e escolares sobre a melhora do estado de saúde de Carol, em abril de 2019 a família conseguiu o direito de plantar e extrair o óleo medicinal da maconha em casa.
A família foi a primeira no Rio Grande do Sul a conquistar esse direito, e a 34ª no Brasil.
Mesmo com todo o esforço para que Carol tenha uma vida saudável, os pais da menina ainda enfrentam preconceitos de familiares e vizinhos pelo cultivo da maconha em casa.
Carol em post do Facebook divulgado pela família
“Tem muito mesmo, a gente nota direitinho. Se a gente faz um post da Carol, se tu tocar no nome da planta, muita gente não vai curtir. O preconceito é desconhecimento, é desconhecer o poder da planta. É aquilo passado de geração à geração. Eu sempre falo assim, ‘não espere precisar para apoiar’”, diz Liane.
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