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O mundo já viu desmoronar uma série de civilizações, mas o fim acontecia por guerras ou doenças, nunca por livre e espontânea vontade. No entanto, com os Cucuteni-Trypillianos, que existiram por 2 mil anos 3200-2700 aC), as coisas eram diferentes. Este povo que vivia na Europa Oriental, onde hoje fica a Romênia e a Ucrânia, tinha um costume curioso de incendiar suas cidades intencionalmente e repetidamente a cada 60 anos.
Se até pouco tempo os estudiosos quase desdenharam a noção de que a Europa Oriental neolítica poderia ter desempenhado um papel importante no avanço humano, a descoberta deste povo transformou esta noção. Os Cucuteni-Trypillianos habitaram a região que conhecemos hoje como Moldávia, que abrigava não somente abrigava a maior adega que o mundo já conheceu até hoje, como tinha ruas subterrâneas e regras de trânsito muito próximas as que temos atualmente.
Evidências sugerem que, no seu auge, essa era uma das sociedades tecnologicamente mais avançadas do mundo na época, que desenvolvia constantemente novas técnicas para produção de cerâmica, habitação e agricultura. Além disto, uma das características mais apaixonantes desta sociedade era sua adoração à mulher e ao princípio do sagrado feminino.
Diferente de muitas outras civilizações antigas, os grandes ídolos deste povo eram mulheres. Por volta da década de 1980, a descoberta do imenso sítio arqueológico Poduri, revelou traços únicos dos Cucuteni-Trypillianos. O lugar não somente revelou treze níveis de habitação que foram construídos um sobre o outro ao longo dos anos, como traços de queima metódica e cerimonial.
A civilização habitava onde hoje fica a região Vinícola de Rascov
Devido à incrível quantidade de figuras femininas que foram encontradas, alguns estudiosos argumentaram que os Cucuteni-Trypillians eram uma sociedade pacifista liderada por mulheres, mas pouco se sabia sobre a prática de atear fogo a tudo a cada 60 anos. Mesmo porque, para incendiar intencionalmente um assentamento inteiro, seriam necessárias enormes quantidades de tudo o que estavam usando como combustível, além de um esforço comunitário altamente organizado.
Exitem diversas teorias por trás desta incrível civilização. Enquanto a da renovação urbana afirma que as construções teriam sido suscetíveis à deterioração ao longo do tempo, possivelmente até problemas com cupins; a do “domicílio” alega que os prédios foram queimados “ritualmente, regularmente e deliberadamente, a fim de marcar o fim da ‘vida’ da casa”. Isto porque, a teoria postula que os membros da cultura Cucuteni-Trypillian acreditavam que objetos inanimados, como casas, tinham almas ou espíritos.
Quadro de Vikentiy Khvoyka, século XIX
Por fim, alguns arqueólogos dizem que a destruição sistemática de todo o assentamento, existia a fim de deixar para trás o tipo de evidência encontrada nos sítios arqueológicos.
Simulação de uma queimada Cucuteni-Trypillian
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