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Da imensa galeria de filmes que nós costumávamos assistir nos saudosos anos 1990 na sessão da tarde, não restam dúvidas de que um dos mais queridos era ‘Jamaica Abaixo de Zero’. A emocionante história do primeiro time 100% negro de bobsled, conta a história de 4 amigos jamaicanos lutando contra o preconceito para poder participar dos Jogos Olímpicos de inverno no Canadá. Com trilha sonora de Jimmy Cliff, o filme é baseado em fatos reais e representa uma das maiores histórias de superação que você um dia irá conhecer.
Foto: Patrick Brown
No entanto, segundo o atleta jamaicano Devon Harris, o filme está longe de ser um documentário, mas sim é muito vagamente baseado na história da equipe jamaicana de trenó. Ainda assim, o resultado agrada e consegue captar o real espírito da época: “Eu acho que eles fizeram um trabalho realmente bom, representando o espírito da equipe, apesar das coisas que tivemos que superar, mas eles pegaram muitos dos fatos e os esticaram para torná-los engraçados”, afirma Harris.
Foto: Tim Hunt Media
A verdadeira história do treinador Patrick Brown e o atleta Devon Harris, era repleta de trabalho duro, determinação e superação, e não de comédia. O time estava lá para representar seu país e, segundo Brown, a natureza séria e o orgulho pelo país que os quatro atletas trouxeram para o esporte foram em grande parte por causa de seus antecedentes.
Foto: Tim Hunt Media
A história do líder da equipe, Devon Harris, começa no gueto de Kingston, na Jamaica. Após o colegial, ele foi para a Royal Military Academy Sandhurst, na Inglaterra, e se formou após passar por treinamento intenso e disciplinado. Então, ele se tornou tenente do Segundo Batalhão da Força de Defesa da Jamaica, mas sempre sonhou em ir às Olimpíadas como corredor e, no verão de 1987, começou a treinar para as Olimpíadas de Verão de 1988 em Seul, Coréia do Sul.
Foto: Tim Hunt Media
Enquanto isso, os americanos, George Fitch e William Maloney, tiveram a idéia de criar uma equipe olímpica de trenó na Jamaica, por acreditar que um país com grandes velocistas poderia produzir uma grande equipe de trenós. Porém, ao perceberem que nenhum atleta jamaicano estava interessado no esporte, eles procuraram a Força de Defesa da Jamaica em busca de talento e foi aí que eles encontraram Harris e o convidaram para as provas de trenó.
Foto: Tim Hunt Media
Após a seleção da equipe, os atletas tiveram apenas seis meses para se preparar para os Jogos Olímpicos de 1988 em Calgary. A equipe original era composta pelos atletas Harris, Dudley Stokes, Michael White e Freddy Powell e foi treinada pelo americano Howard Siler. No entanto, Powell foi substituído pelo irmão de Stokes, Chris, e Siler entregou as responsabilidades de treinador a Patrick Brown depois que ele teve que voltar ao trabalho três meses antes das Olimpíadas. Apenas um detalhe, que não aparece no filme: Brown tinha apenas 20 anos quando assumiu o cargo de treinador!
Foto: Rachel Martinez
Diferente do que aparece no filme, a equipe treinou fortemente durante os meses que antecederam as Olimpíadas, mas não somente na Jamaica, mas sim em Nova York e em Innsbruck, na Áustria. Os jamaicanos viram pela primeira vez um trenó em 1987 e seguiram diretamente para a pista de trenó em Calgary alguns meses depois. Isto sim que é superação!
Se o filme nos apresenta um ambiente hostil e racista contra estes atletas, na vida real as coisas não foram bem assim – ainda bem! Segundo Devon Harris, quando a equipe chegou a Calgary eles já eram uma sensação. A equipe não tinha idéia de quão famosos eles se tornaram até que eles saíram do aeroporto de limusine com toda a pompa que eles mereciam. Harris e Brown observam que a tensão entre os jamaicanos e outras equipes nas Olimpíadas era completamente fictícia.
O desafio maior era a falta de financiamento. “Não tínhamos dinheiro. Houve momentos em que estávamos na Áustria vendendo camisetas no estacionamento da pista de trenós para comer naquela noite. George Fitch basicamente financiou tudo isso do bolso”, explicou Brown.
Segundo o treinador, uma das poucas partes fiéis à realidade, foi o momento do acidente na prova final, o que impediu a equipe de vencer. Desde que competiu nos Jogos Olímpicos de 1988, Harris permaneceu envolvido no bobsled jamaicano e fundou a Jamaica Bobsleigh Foundation (JBF) em 2014. Além disto, ele também atua como palestrante motivacional internacional, ensinando sobre a importância de ter uma visão, alcançar objetivos e por que é importante “continuar pressionando”, apesar dos obstáculos que podemos enfrentar na vida.
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