Inspiração

Documentário ‘Enraizadas’ conta a história da trança nagô como símbolo de tradição e resistência

22 • 06 • 2020 às 10:17
Atualizada em 08 • 07 • 2020 às 20:39
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Muito mais do que um penteado ou uma técnica capilar com finalidade estética, as tranças nagô são verdadeiros canais culturais, afetivos, afirmativos e identitários para a cultura negra – e é essa a premissa tornada em história no documentário Enraizadas. Com direção, pesquisa e roteiro de Gabriele Roza e Juliana Naascimento, o filme parte de entrevistas e recriações de imagens de arquivos para investigar a “tecedura dos fios capilares em tranças nagôs como um processo não restrito à beleza estética mas também à renovação dos afetos, de resistência e reafirmação da própria identidade e tradição”. Trata-se de um mergulho nas raízes africanas e suas marcas poéticas e éticas tendo o cabelo como ponto de partida.

Concebido e dirigido por duas mulheres negras e realizado por uma equipe quase toda composta também por pessoas negras, o filme traz diversos pesquisadores para guiar e aprofundar o mergulho na história, na força e no significado das tranças nagô.  Segundo sinopse disponível no Instagram do documentário, Enraizadas é “um filme que ultrapassa e ressignifica o visual das tranças para exaltar a poética, a história, a africanidade, os conhecimentos matemáticos e as possibilidades de invenção através do cabelo”.

As pesquisas para a realização do projeto começaram no ano passado, e mostraram que para todo lugar que o povo negro foi levado em sua diáspora, foi também sua conexão com as tranças, como memórias ancestrais, como verdadeiras raízes preservadas através desse trançar.

“Trançar, para nós, é mais do que uma afirmação, é expressão de afeto, um símbolo de auto-cuidado e que foi passado de geração em geração”, diz em post. Desde junho o filme vem sendo exibido em festivais online, e por isso vale seguir seu Instagram – a fim de acompanha-lo em festivais e também saber um pouco mais dessa incrível história ancestral.

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© fotos: Instagram/reprodução


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