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Será que William Waack foi realmente punido pela sua fala racista, “vazada” em 2017, enquanto ainda estava no comando do ‘Jornal da Globo’? O episódio levou a sua demissão da Rede Globo, mas logo o jornalista já estava recebendo convites de outras emissoras e participando de entrevistas onde justificava seus atos, até ser convidado pela CNN Brasil para voltar a bancadas de jornal.
William Waack foi demitido da Globo por racismo
– Ao vivo, participante do ‘BBB’ ironiza racismo de Waack: ‘É coisa de preto também’
Ironizando ainda mais a situação, a emissora escalou ninguém menos que Waack para comentar os protestos antirracismo que estão tomando os Estados Unidos e o mundo após o assassinato de um homem negro, George Floyd, pelas mãos de um policial branco em Minnesota.
Diante dessa situação, a jornalista e ex-consulesa francesa Alexandra Loras aproveitou a oportunidade de participar de um debate da CNN para reclamar da participação do jornalista.
Ao vivo tarde dessa terça-feira (2), ela relembrou que o âncora já havia sido demitido da TV Globo em função de comentários racistas. “Hoje, a CNN e toda mídia brasileira têm o poder de convidar acadêmicos negros para conversar sobre essa temática. Quando vejo o William Waack, que foi mandado embora por um episódio de racismo, e hoje ele debater tanto tempo sobre o racismo… Eu acho que deveríamos também convidar negros para debater sobre essas questões”, disse ela, enquanto era entrevistada por Daniela Lima no programa ‘CNN 360º‘.
Entrevistada expondo William Waack da CNN Brasil na CNN Brasil! ?#CNNBrasil pic.twitter.com/On4LRheGDj
— Luiz Ricardo (@excentricko) June 2, 2020
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E ela não foi a única que estranhou a presença de Waack nos debates. Muita gente se manifestou online, falando sobre a má escolha do canal:
O Racismo brasileiro é tão estrutural e cínico que William Waack, demitido da Globo pela frase racista “Não vou nem falar, porque eu sei quem é… é preto. É coisa de preto!”, foi logo premiado pela CNN e ontem comentava sobre a revolta nos EUA pelo assassinato de #GeorgeFloyd! pic.twitter.com/uiClBGkTRH
— Jaqueline Gomes de Jesus (@JaquelineJsus) May 30, 2020
Muito legal saber que a @CNNBrasil colocou William Waack pra falar sobre racismo.
É sempre bom contar com um especialista no assunto. https://t.co/xr9Mv0Q1dY
— JornalismoWando (@JornalismoWando) May 30, 2020
WILLIAM WAACK, O RACISTA
Analisa protestos
ANTIRRACISTAS nos EUA
É sério, isso!?
CNN se superando todo dia https://t.co/CeRtlOnlMv— Alex Ollie (@MrAlexOllie) May 30, 2020
Loras referia-se ao vídeo em que mostra William Waack conversando nos bastidores durante a cobertura do ‘Jornal da Globo‘ sobre de Donald Trump na eleição presidencial, em 2016. As imagens mostram o jornalista xingando um motorista que passa buzinando.
“Está buzinando por que, seu merd* do cacete? Deve ser um, com certeza, não vou nem falar de quem, eu sei quem é, sabe o que é?”, disse ele, que cochicha a palavra ‘preto‘ no ouvido do entrevistado ao seu lado.
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No mesmo dia que o vídeo vazou, em 8 de novembro de 2017, Waack foi afastado pela direção da TV Globo, que alegou em nota oficial: “Ao que tudo indica, [o comentário foi] de cunho racista”.
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Um mês depois, a Globo finalmente anunciou a rescisão do contrato com Waack, depois de um acordo entre as duas partes. No comunicado, a emissora ressaltou que não tolera “racismo em todas as suas formas e manifestações”, embora o jornalista negue ter agido de forma preconceituosa.
Procurada após a reclamação de Alexandra, a assessoria da CNN Brasil disse que não iria se manifestar sobre o assunto.
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Em artigo publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, em janeiro de 2018, William Waack pediu desculpas pelo ocorrido e disse que a fala foi uma piada idiota, mas sem intenção racista.
Em outro trecho, Waack admite a existência de racismo no Brasil. “Sim, existe racismo no Brasil, ao contrário do que alguns pretendem. Durante toda a minha vida, combati intolerância de qualquer tipo — racial, inclusive —, e minha vida profissional e pessoal é prova eloquente disso”, argumentou.
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