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A onda de protestos causada pelo assassinato de George Floyd em Minnesota, nos Estados Unidos, pelas mãos de um policial branco, tem incentivado um debate importante: como pessoas brancas podem colaborar para a luta antirracista?
Após a divulgação de um vídeo em que mostra o assassino ajoelhado sobre a vítima, impedindo que ele respirasse até sua morte, ativistas brancos têm tomado a frente das manifestações, usando seus privilégios de raça para proteger corpos negros que vão às ruas de ainda mais violência policial.
– Cacau Protásio chora ao falar no ‘Fantástico’ sobre racismo sofrido durante gravação
e como pessoas brancas podem realmente usar seus privlégios na luta antirracista? coloca o jogo o corpo bb. seja escudo de fato. pic.twitter.com/EM1E2yYvnX
— Sarinha é ironia. (@sarinhahbrito) May 29, 2020
Protestos em frente à Casa Branca. E o mais emocionante, digamos assim,desse video, é que são pessoas brancas lutando pelos direitos dos pretos de ir e vir. Faz jus a frase: Não precida ser preto para lutar contra o racismo! #BlackLivesMatter pic.twitter.com/lsFgqWwUlG
— Wesley Carter (@WesleyNolasco13) May 30, 2020
Se sua pela é branca você serve como proteção, então caso veja um policial indo pra cima de um negro entre na frente dele. Seja essa barreira. #ICantBreathe pic.twitter.com/96B01G7Ex1
— JayderJr (@JayderJr) May 31, 2020
As atitudes de artistas brancos, como Katy Perry e Harry Styles também têm sido destacadas como importantes para a luta do coletivo. Eles criaram um fundo para pagar as fianças de manifestantes negros que estão sendo detidos pela polícia nos Estados Unidos.
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Já nas redes sociais, influenciadores digitais estão usando a hashtag #BlackOutTuesday junto de imagens pretas, indicando que estão silenciando seus próprios conteúdos para dar espaço a indicações de criadores negros.
Muitas dessas atitudes partem de um ponto importante: o reconhecimento dos privilégios de ser uma pessoa branca. Essa é a proposta da professora e ativista americana, que tem sido lembrada em meio aos debates atuais.
– EUA: confronto e viaturas destruídas após policial branco matar homem negro com o joelho
#VidasNegrasImportam ✊?✊?✊? pic.twitter.com/Sdz4Qt4P8U
— Karol Conka (@Karolconka) June 1, 2020
Elliot é a responsável pelo documentário “Olhos Azuis”, onde apresenta seus workshops sobre racismo. O filme acompanha, especificamente, um desses workshops, realizado em meados de 1996, em Kansas City, nos EUA. Mas o conteúdo apresentado está mais atual do que nunca.
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Durante duas horas e meia, 30 pessoas, entre professores, policiais e assistentes sociais, são submetidos a um estranho experimento: os que têm olhos azuis são separados dos restantes e bombardeados por um tratamento discriminatório e ofensivo semelhante ao que a população negra e de outras etnias oprimidas sofrem cotidianamente no país.
As abordagens “na prática” de Elliot já gerou polêmicas, mas não deixou de cumprir seu propósito: causar incômodo a respeito da discriminação social provocada pelo racismo. Além disso, o principal objetivo da estudiosa é incentivar pessoas brancas a assumirem a responsabilidade da luta antirracista.
“Quero que as pessoas entendam a angustia da descriminação por causa de uma característica física da qual você simplesmente não tem controle sobre”, explicou a ativista em recente entrevista para, da versão online do programa “The Tonight Show”, de Jimmy Fallon, que foi ao ar na última segunda-feira (1). Ela foi convidada para refletir sobre como pessoas brancas podem colaborar para a atual luta antirracismo nos Estados Unidos.
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Durante a entrevista, ela mostrou um lado que raramente deixa aparecer: Elliot chorou ao lembrar de quando ouviu sobre a morte de Marthin Luther King Jr. Mas o mesmo momento também a incentivou a elaborar exercícios sobre racismo.
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“No dia seguinte, tive que entrar na minha sala de aula e explicar aos meus alunos porque Marthing Luther King estava morto e percebi que não havia uma maneira não dolorosa de explicar isso. Eu não sabia como fazer isso”, relembrou. Ela também fez uma revelação que chocou muito dos espectadores, dizendo que, se soubesse dos resultados iniciais da sua dinâmica de “olhos azuis”, não teria executado em sala de aula. “Eu perdi amigos, colegas de trabalho. Meus alunos eram criticados e violentados por terem participado”, contou, mas logo acrescentou que este tipo de represália faz parte da luta por um mundo melhor.
Confira na íntegra o documentário “Olhos Azuis”:
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