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Aos 13 anos, Rômulo Neris era apenas um jovem da Baixada Fluminense aficionado por Jurassic Park. 14 anos depois, ele foi escolhido para estudar o novo coronavírus por seu trabalho como virologista na Universidade da Califórnia. Uma incrível reportagem da BBC Brasil conta a história desse cientista brasileiro que emergiu da periferia do Rio de Janeiro até os prêmios científicos no mundo todo e hoje foi selecionado para lutar contra o coronavírus.
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Doutorando em imunologia e inflamação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele fez parte da sua pesquisa na University of California Davis. Após passar meses pesquisando o chikungunya, ele foi selecionado pela Dimensions Science para auxiliar na pesquisa do novo coronavírus e enfrentar a doença em duas frentes.
Rômulo mostra o prêmio de Melhor Virologista Jovem, que recebeu em 2017
Ele vai ajudar a reduzir o gargalo do testes da doença no Brasil, permitindo que os resultados de novos casos e óbitos sejam processados de maneira mais ágil. “Temos uma grande defasagem de testes no Brasil. Os casos estão sendo subnotificados, já não conseguimos nem mais estimar muito o quão subnotificada é a situação no país”, contou o jovem à BBC Brasil.
Durante os 3 meses da bolsa, ele ainda vai trabalhar na pesquisa dos impactos do vírus; seus efeitos no corpo humano e as condições que fazem com que diferentes pessoas tenham níveis de infecção diversos, afinal, como se tem visto, o vírus pode prejudicar várias funções do corpo e não somente a respiração, como se acreditou inicialmente.
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“Vou estudar a genética do vírus e suas mutações, mas também alterações observadas no indivíduo durante a infecção, como metabólicas e pulmonares. A ideia é entender como o vírus infecta células de diferentes tecidos e por que há quadros tão diversos e às vezes tão graves — em alguns, sem nenhum tipo de comorbidade”, contou.
A importância dos pesquisadores negros no nosso país é muito grande. Dentre os estudantes de pós-graduação, apenas 28,9% eram negros, segundo a PNAD de 2015, sendo que, na época, mais de 52% da população brasileira se autodeclarava dessa maneira.
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“A comunidade negra tem cada vez mais mestres e doutores formados. Tem mais pessoas habilitadas a fazer pesquisa, a liderar pesquisa. Mas a universidade, a academia, ainda é controlada pelos interesses dos brancos”, afirmou a coordenadora da organização não governamental (ONG) Criola e doutora em comunicação e cultura, Jurema Werneck, à Agência Brasil.
Rômulo não é somente importante para lutar contra a maior pandemia dos últimos 100 anos ou pelos resultados que sua pesquisa sobre chikungunya irá trazer. Ele é um símbolo para milhares de jovens negros de que há um futuro diferente.
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