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Melânia Luz foi a primeira mulher negra a integrar uma delegação olímpica do Brasil. O feito aconteceu nos Jogos Olímpicos de Londres, em 1948, quando a velocista viajou até a capital inglesa pela equipe brasileira para disputar o pódio feminino do atletismo. Nascida em 1928 no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, a atleta fez história em uma época na qual pensamentos eugenistas e políticas de embranquecimento vigoravam sem grandes consequências para quem as apoiava ou as colocava em prática.
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Em artigo redigido pela escritora e jornalista Eliana Alves Cruz para sua coluna no “UOL”, a autora traz um panorama da história de Melânia, que é contada em um capítulo dedicado à atleta no livro “Mulheres Negras do Brasil”, escrito por Schuma Schumaher e Érico Vital Brazil e lançado em 2006, pela Editora Senac.
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Segundo informações levantadas por Eliana e também divulgadas no site da Fundação Palmares, Melânia foi treinada pelo alemão Dietrich Gerner, profissional do São Paulo Futebol Clube, e também treinador de Adhemar Ferreira da Silva (1927 – 2001), atleta que viria a ser campeão olímpico na categoria de salto triplo.
Destaque da equipe do São Paulo, Melânia participava de campeonatos paulistas de atletismo na década de 1940 e, aos 20 anos, foi escolhida para disputar as Olimpíadas na Inglaterra como parte da delegação brasileira de 77 atletas, da qual apenas sete eram mulheres.
Foto de Melânia Luz, a primeira mulher negra a integrar a delegação olímpica do Brasil, feita por Chris Ware
“Eu fiquei na história. Eu também competi. Não é que me deixaram”, contou a atleta em entrevista ao canal “ESPN Brasil”, em 2011. Ao lado de Benedita Oliveira — concorrente em disputas em São Paulo, mas companheira nos campeonatos em que representavam, juntas, o Brasil —, Elizabeth Clara Muller e Lucila Pini, Melânia formou o primeiro quarteto feminino brasileiro de revezamento 4×100 metros livre em Olimpíadas.
As quatro não foram campeãs nem chegaram às finas da categoria, mas quebraram o recorde sul-americano da prova olímpica; uma enorme conquista para todas elas.
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A velocista paulistana participou de competições até 1998, já com 70 anos. Mesmo na terceira idade, Melânia estabeleceu novos recordes, como na categoria +65 dos 100 metros rasos, em 1995, com o melhor tempo brasileiro; e no revezamento 4×100 metros livres, com o novo recorde sul-americano na categoria +60.
Exemplo de vitalidade, esforço e talento, Melânia abriu portas e ainda inspira mulheres que desejam se dedicar ao sonho de se tornar uma atleta olímpica.
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