Inspiração

Joane foi selecionada para estudar e jogar futebol nos EUA, mas precisa de ajuda para embarcar

24 • 07 • 2020 às 16:28 Vitor Paiva
Vitor Paiva   Redator Vitor Paiva é jornalista, escritor, pesquisador e músico. Nascido no Rio de Janeiro, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Trabalhou em diversas publicações desde o início dos anos 2000, escrevendo especialmente sobre música, literatura, contracultura e história da arte.

No imaginário popular, o Brasil é o país do futebol – a realidade, no entanto, especialmente para atletas em início de carreira e na luta por um lugar ao sol no campo, se reflete de forma muito mais dura e seletiva.

E se tal dificuldade é imensa para todos, mais difícil ainda é para uma jogadora mulher que queira viver de seu talento com a bola nos pés – como é o caso de Joane Ribeiro Garcia, jogadora de Jaraguá do Sul (SC) de 23 anos, que sonha desde os 7 anos, quando começou a jogar futsal, em viver do futebol: mais do que isso, em se mudar para os EUA para jogar por uma universidade na terra do melhor futebol feminino do mundo.

“Passei por muitas dificuldades no meio esportivo, sofri muito preconceito e percebi o quanto o futebol feminino é desvalorizado no Brasil. Temos ótimas atletas, mas escassas oportunidades, pouca infraestrutura e muito preconceito”, disse Joane, explicando seu sonho de migrar para os EUA para investir em sua carreira.

Pois recentemente tal sonho se aproximou da realidade, depois que a jogadora ganhou uma bolsa para estudar – e assim, jogar – na Westcliff University, universidade em Irvine, na Califórnia. Sua bolsa não é, no entanto, integral, e para que o sonho se torne enfim real, ela precisa cobrir as aplicações necessárias, pagar a faculdade e ainda a viagem propriamente, em um custo no valor de cerca de 12 mil dólares. É aqui que a força coletiva da internet entra em cena: Joane começou uma vaquinha online para tentar reunir tal quantia e realizar seu sonho.

Os EUA são o principal país no futebol feminino mundial, e essa não é a primeira vez que Joane se aproxima de realizar seu sonho: quando tinha 15 anos ela recebeu um convite para jogar no país, mas sua situação financeira a impediu de seguir – desde o final do ano passado que a brasileira vinha tentando ser aprovada em alguma das universidades do país.

“Eu me sustento sozinha, atualmente trabalho de garçonete em um restaurante e faço freela como fotógrafa”, explica a atleta. A jovem tem de embarcar em agosto próximo, e não quer deixar a barreira econômica mais uma vez a apartar de seu sonho. “Acredito que nenhum caminho se cruza por acaso. Dessa vez estou determinada a realizar meu sonho”, ela diz.

Para acessar a vaquinha de Joane e ajuda-la a realizar seu sonho, clique aqui.

Publicidade

© fotos: Divulgação/Arquivo Pessoal


Canais Especiais Hypeness