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Live do ‘Aglomerou’ interrompida aos tiros tinha vizinho miliciano como alvo, diz polícia

27 • 07 • 2020 às 11:15
Atualizada em 27 • 07 • 2020 às 11:33
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Uma operação da Polícia Civil em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio de Janeiro, foi registrada de maneira inusitada e não planejada: os agentes entraram em uma casa onde o grupo de pagode Aglomerou estava fazendo um show e transmitindo ao vivo para seus fãs. 

O local foi revistado, mas o alvo da ação era um imóvel vizinho, onde, segundo uma fonte policial informou ao jornal EXTRA, havia a suspeita de que o miliciano Ecko, um dos bandidos mais procurados do Rio, estaria participando de uma festa.

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Pelas imagens, é possível ver que, antes de o show ser interrompido, algumas pessoas da produção foram abordadas por policiais e levantaram as camisas para mostrar que não estavam armadas. Quando notaram a presença dos visitantes inesperados, os músicos pararam de tocar e correram agachados para um local longe das câmeras. 

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Um agente carregando um fuzil chegou a passar correndo em meio aos integrantes da banda. No vídeo, é possível ver o helicóptero que dava apoio à ação e ouvir tiros bem próximos ao jardim onde ocorria a live.

Em entrevista ao EXTRA, integrantes do grupo de pagode disseram ter planejado a live há dois meses e que o objetivo da transmissão era arrecadar alimentos, insumos e dinheiro para doação a famílias afetadas pela pandemia do novo coronavírus. Depois do susto, os músicos prometem marcar uma nova data para a apresentação.

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“Foi uma frustração muito grande e estávamos no começo da live ainda. Sou músico há 12 anos e nunca vivi nada parecido. Muitos ligaram preocupados, mas estamos todos bem”, afirmou o vocalista do grupo, João Victor Costa.

A Polícia Civil informou, em nota, que a live “foi interrompida para evitar que alguém pudesse ser ferido durante a ação”. Ninguém foi preso durante a operação. Wellington da Silva Braga, o Ecko, é apontado como chefe da maior milícia do estado do Rio. 

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O bando começou atuando na Zona Oeste da capital e se expandiu para cidades da Baixada Fluminense. O Disque Denúncia (2253-1177) oferece recompensa de R$ 10 mil por informações que levem à prisão de Ecko. Segundo o portal “Procurados”, o miliciano tem uma aliança com uma facção do tráfico e costuma cooptar ex-traficantes para a sua quadrilha.

Leia a íntegra da nota enviada pela assessoria de imprensa da Polícia Civil:

“Policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), realizaram uma ação no município de Angra dos Reis, na tarde deste domingo (26/07), referente a uma investigação da especializada. Os policiais checavam informação de uma casa onde estaria sendo realizada uma festa desde ontem (sábado) com criminosos foragidos da Justiça. Com a aproximação dos agentes, alguns criminosos correram em direção a um mangue e efetuaram disparos em direção aos policiais, que ainda tentaram localizá-los, sem sucesso. Todas as pessoas que estavam na festa foram autuadas por descumprimento de medida sanitária preventiva, com base no artigo 268 do CP (Código Penal). No local, os agentes encontraram frascos de lança-perfume e indícios de consumo de drogas. Algumas pessoas que estavam na festa também possuíam anotações criminais por diversos crimes como tráfico de drogas, roubo e associação criminosa, mas sem mandados pendentes. Na casa ao lado de onde estava sendo realizada a diligência, ocorria uma live de um grupo musical, que foi interrompida para evitar que alguém pudesse ser ferido durante a ação”.

 

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Foto: Reprodução / Youtube


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