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Sentenças duras baseadas em critérios racistas não são novidade em sistemas penitenciários como o dos Estados Unidos. Incomodada com a hipocrisia e com as falhas na estrutura penal de seu país, a jogadora de basquete Maya Moore, de 31 anos, decidiu dar um tempo da carreira profissional no esporte para se dedicar a ajudar presos negros a vencerem legalmente acusações injustas e penas mais rígidas do que o necessário para a punição de seus crimes.
Em 2019, Maya decidiu não disputar a 23ª temporada de jogos da W.N.B.A. — liga feminina de basquete estadunidense — para fornecer suporte nos tribunais, dinheiro e tempo à resolução do caso de Jonathan Irons, de 50 anos. Considerado culpado por assalto à mão armada em 1998, o americano tinha apenas 16 anos quando o suposto crime aconteceu e alegou, em juízo, não estar presente no local do delito, tendo sido confundido com outra pessoa.
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Maya Moore ao lado de Jonathan Irons, liberto após 22 anos preso injustamente
Maya teve o primeiro contato com o caso de Jonathan quando ainda estava no Ensino Médio, por meio de primos e do padrinho, Reggie Williams, que conheceram Irons em um intervenção religiosa dentro da prisão. Segundo entrevistas realizadas pelo jornal “The New York Times“, o padrinho de Maya viu algo especial na simpatia, vontade de aprender e inteligência de Jonathan. “Havia algo nele”, disse Reggie. “Apenas uma paz.”
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Ao olhar com cuidado para a condenação de Jonathan, Williams percebeu contradições sérias no caso do rapaz e logo abriu os olhos da afilhada. Irons era um adolescente afro-americano pobre que havia sido julgado como um adulto e condenado por um júri branco. O crime foi violento e envolveu uma arma nunca encontrada. Nenhuma evidência de sangue, pegadas ou impressões digitais ligavam o jovem de 16 anos ao ato de violência, e, mesmo assim, ele recebeu uma sentença de 50 anos de prisão.
Por conta do empenho e incansável determinação de Maya, o caso de Jonathan — quem ela conheceu pessoalmente em 2007 e passou a considerar um irmão — foi novamente avaliado e o rapaz foi finalmente solto no último dia 1º de julho, cerca de 22 anos após o fim de seu julgamento. Recebido por apoiadores e pela própria família de Maya, Irons mostrou grande otimismo, gratidão e alívio.
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“Sou livre, sou abençoado, só quero viver minha vida digna da ajuda e influência de Deus”, disse ao “New York Times“. “Sinto que posso viver agora.”
Ainda sem comunicar um possível retorno às quadras após o ano dedicado à libertação de Irons, Maya deve continuar na luta prática por justiça social e segue impactando milhares de pessoas que a admiram tanto como atleta, quanto como ativista.
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