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Um estudo publicado pela revista Nature na quarta-feira (22) mostra que, talvez, a origem da povoação do continente norte-americano seja muito anterior ao que pensava a comunidade científica. Ao analisar pedras da Caverna de Chiquihuite, o grupo de cientistas – que conta com uma brasileira – datam que havia presença humana no México há pelo menos 30 mil anos.
Os artefatos batem em data com os encontrados na Serra da Capivara, no Piauí, onde também existem registros de presença humana antes das teorias que afirmam que a chegada de seres humanos à América só aconteceu há 20 mil anos atrás.
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Pedras analisadas pelos pesquisadores são evidências de ocupação humana na América
“O que é interessante sobre as datas de cerca de 30.000 anos na Caverna de Chiquihuite (que batem com datações de Piauí) é que nessa época mais recuada ainda, na verdade havia menos gelo – tanto no corredor beringiano quanto no continente norte-americano – fazendo qualquer migração (inclusive por terra) mais fácil do que teria sido 10.000 anos depois. Este estudo então coloca essa possibilidade em pauta novamente”, afirmou Jennifer Watling, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), à BBC.
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O trabalho da arqueóloga brasileira Niède Guidon na Serra da Capivara, no Piauí, tem encontrado desde 1978 evidências de ocupações bastante antigas na América do Sul. Para essa especialista, a ocupação das Américas veio de barco diretamente da África, entre 150 mil e 110 mil anos atrás.
A Serra da Capivara é palco conjunto dessa descoberta que pode elucidar novos caminhos para o mistério da ocupação humana na América
Outras teorias pressupõem uma passagem pelo Estreito de Bering (entre Rússia e EUA). Especialistas ainda sugerem uma migração vinda da Polinésia através do mar. Enfim, a ocupação da América ainda é um grande mistério e não existe prova cabal de como ela aconteceu. Mas os novos resultados dessa pesquisa podem produzir reflexões interessantes sobre o tema.
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“Os artefatos líticos [de pedra] foram analisados tecnologicamente, mas também por análise petrográfica, que comparou a sua composição mineralógica com a da geologia da caverna. Essas análises foram fundamentais para identificar uma origem não-local para essas rochas, que foram levadas para a caverna e trabalhadas por seres humanos.”, completou Jennifer.
Pinturas rupestres da Serra da Capivara
“Esses resultados dão novas evidências sobre o tempo das primeiras ocupações humanas na América, ilustram a diversidade cultural dos primeiros povos originários e abrem novos caminhos para a pesquisa científica”, afirmam os pesquisadora à Nature.
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