Mulheres vão sentir mais recessão e outros impactos econômicos do coronavírus

Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a pandemia do coronavírus vá afetar as mulheres mais do que os homens. Os efeitos da crise econômica provocada pelo alastramento da covid-19, podem colocar em xeque décadas de avanço com o objetivo de inserir as mulheres no mercado de trabalho. 

– Coronavírus e o impacto nos negócios de mulheres empreendedoras

Diferente do que aconteceu na crise de 2008, a perda de vagas de trabalho dessa vez deve atingir espaços ocupados mais por mulheres. Entre eles, pode-se destacar o turismo, comércio e hospitalidade. Além disso, a crise também é sentida dentro de casa, onde, de maneira geral, o trabalho doméstico e o gerenciamento do lar ainda ficam mais sob encargo das mulheres. 

Creches e escolas ainda não retomaram suas atividades, embora isso já esteja previsto para os próximos meses. Mas não se pode acreditar que as crianças e adolescentes subitamente vão retornar ao antigo normal como em um passe de mágica. A volta gradual e por etapas ainda vai causar uma série de sobrecarga para quem coordena as atividades da família. 

– Maternidade solo e pandemia: ‘Vizinhas juntaram o que tinham e trouxeram para mim’

Estudos anteriores de outras pandemias também mostram que a evasão escolar entre meninas é maior do que entre os meninos nessa situação. A ausência delas no ensino formal provocaria reflexos demorados para serem contornados no mercado de trabalho. 

No entanto, nem tudo é má notícia. O FMI avalia que os efeitos desproporcionais sobre as mulheres podem ser atenuados se os governos agirem. O relatório diz que apoiar as mulheres é combater a desigualdade de renda e investir no crescimento econômico e sugere que os países criem estruturas de assistência ao desemprego, de acesso a cuidados de saúde e que ajude na divisão proporcional do trabalho doméstico nas famílias. 

– Países que estão lidando melhor com coronavírus são comandados por mulheres