06 • 07 • 2020 às 10:18
Atualizada em 07 • 07 • 2020 às 19:12
Tuka PereiraJornalista há mais de uma década e 'escrevinhadora' há muito mais tempo, Tuka Pereira aborda feminismo a gatinhos fofos com a mesma empolgação. Se existe algo que gosta mais do que escrever é carimbar o passaporte. Já esteve em boa parte do mundo e todo dinheiro que ganha gasta em viagens.
Se você é mulher, muito provável já deve ter se comparado a mulheres de capas de revista com seus padrões de beleza inalcançáveis e se sentido péssima. Para ajudar as mulheres a se sentirem confortáveis e orgulhosas de seus corpos, Amy D. Herrmann, uma fotógrafa australiana, iniciou um projeto maravilhoso chamado “Underneath We Are Woman” (algo como “Sob a Pele Somos Mulheres”).
“Eu queria criar um projeto sobre a diversidade dos corpos das mulheres e sobre as histórias por trás dessas pessoas. Passamos tempo demais pensando sobre os aspectos negativos de nós mesmos e é hora de mudar isso. É hora de parar de enxergar a confiança de uma mulher em si mesma como arrogância e parar de tratar a auto depreciação como uma espécie de modéstia”, disse Herrmann ao The Huffington Post.
A série conta com um grupo diversificado de 100 mulheres de idades entre 19 a 73 anos de idade em fotos sem retoque. Entre elas estão uma sobrevivente de câncer de mama, um casal de lésbicas com seu filho, uma mulher trans, uma mulher com deficiência física, um sobrevivente de transtorno alimentar, uma fisiculturista, entre outras.
Para transformar o projeto em livro e contar a história de cada uma das retratadas, a fotógrafa criou uma campanha de financiamento coletivo no Kickstarter e falou a respeito na página do projeto:
“Tão diversas somos como pessoas. Cada uma de nós possui sua própria jornada individual e encontramos muitas coisas que alteram, desafiam, melhoram e nos mudam tanto física como mentalmente. Às vezes, nossa jornada está gravada na nossa fachada exterior, mas o que você vê na superfície nem sempre é a verdade. Para isso, você terá que olhar um pouco mais profundamente, ler um pouco mais longe, baixar a guarda por um momento. Julgamentos iniciais sobre aparência são humanos, mas nosso primeiro julgamento sobre uma mulher muitas vezes pode ser equivocado”
Segundo a fotógrafa, o principal objetivo do projeto é dar voz a mulheres que geralmente são estereotipadas. “A menina gorda que precisa de academia. A menina magra que precisa comer mais. A mulher com deficiência que precisa de simpatia. A menina bonita que está sempre feliz. Estas são simplesmente respostas pré-programadas criadas por nós e para nós para atender um maior ideal da sociedade para o que é considerado aceitável e “normal”, mas o que você realmente sabe sobre estas pessoas?”, explicou.