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O projeto Faces & Sustentabilidade surgiu em São Paulo com o intuito de conectar processos interdisciplinares e ajudar grupos vulneráveis a sobreviver sem fome e de forma sustentável durante a pandemia de coronavírus no Brasil. Iniciativa conjunta entre Ministério Público do Trabalho, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Organização Internacional do Trabalho, o programa se baseia no auxílio mútuo entre agricultores, refugiados e populações vulneráveis de diferentes áreas da cidade.
De acordo com informações do site “Ciclo Vivo”, concedidas pela prefeitura de São Paulo, o projeto Faces & Sustentabilidade trabalha em três frentes principais. A primeira é a compra de alimentos orgânicos (ou em fase de transição agroecológica) de produtores rurais do extremo sul da cidade que estão com dificuldade de escoamento por conta das consequências socioeconômicas da pandemia; a segunda é a produção de marmitas preparadas por refugiados e imigrantes a partir dos insumos adquiridos; e a terceira é a distribuição das refeições produzidas a famílias em situação de vulnerabilidade das regiões norte e sul paulistanas.
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O projeto é financiado por verba proveniente de multas trabalhistas, teve início no dia 15 de junho e deve seguir alimentando moradores de São Paulo por mais dois meses. Ainda segundo o portal de notícias, as três frentes da iniciativa também recebem o apoio da organização filantrópica Bloomberg Philanthropies, dos Estados Unidos, e do projeto Ligue os Pontos, que foi crucial para o início das operações do Faces & Sustentabilidade.
Desenvolvido pela Prefeitura de São Paulo com foco no auxílio à sustentabilidade das relações agrícolas entre territórios rurais e zonas urbanas da cidade, o projeto Ligue os Pontos ajuda o Faces & Sustentabilidade na identificação de produtores rurais do extremo sul paulistano que apresentem dificuldades de comercialização de seus produtos e aceitem vendê-los à iniciativa.
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O projeto também apoia a logística da ação e dá suporte ao transporte dos alimentos até as cozinhas da Faculdade Hotec, localizada na região central da cidade e onde ocorre a produção das marmitas.
No local, cerca de 30 pessoas já treinadas para o preparo e montagem das refeições realizam o trabalho, dentre as quais estão mulheres marginalizadas, transexuais e imigrantes refugiados. Também de acordo com informações do site “Ciclo Vivo”, os uniformes, toucas e máscaras dos cozinheiros também são fabricados por refugiados e geram renda para os participantes, que, antes, muitas vezes se encontravam em situação de trabalho escravo.
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Montado pela chef de cozinha Paola Carosella, o cardápio do projeto varia diariamente e inclui sabores e temperos de diferentes nacionalidades. A empresária argentina também apoia e acompanha iniciativa de perto.
“O projeto é perfeito! Eu acho que as pessoas não têm noção de como a agricultura de qualidade e o preparo da comida podem impactar tanta gente. Qualquer ponta se vê impactada com essa ação, que traz comida de qualidade, produtos orgânicos, cultura, renda, dignidade e direitos”, diz Paola.
Cerca de mil marmitas agroecológicas são distribuídas às comunidades de Paraisópolis, Brasilândia e Vietnã diariamente através do Faces & Sustentabilidade.
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“Temos como referência a Agenda 2030 da ONU. Por isso, a finalidade do projeto é atender diversas pontas, desde agricultores orgânicos de Parelheiros [distrito rural da zona sul de São Paulo] com dificuldades de escoamento, grupos marginalizados que precisam de trabalho e emprego e as pessoas que mais necessitam nesse momento, a partir da distribuição de alimentos saudáveis e sustentáveis”, explica Gustavo Tenório Accioly, procurador e presidente do Comitê Estratégico de Comunicação do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Acreditamos que a alimentação orgânica deveria ser acessível a todos. Tentamos fazer a comercialização mais justa possível, mas sabemos que muitas vezes os alimentos não chegam aos pratos de quem mais precisa
Por sua vez, Eduardo dos Santos Faria, presidente da cooperativa orgânica de Parelheiros Cooperapas, comenta os resultados positivos da iniciativa a partir do ponto de vista dos produtores rurais. “Pra gente é perfeito participar de uma ação como essa. Acreditamos que a alimentação orgânica deveria ser acessível a todos. Tentamos fazer a comercialização mais justa possível, mas sabemos que muitas vezes os alimentos não chegam aos pratos de quem mais precisa. O projeto Faces & Sustentabilidade veio para possibilitar isso”, declara Eduardo.
Beneficiários do projeto fazendo proveito dos alimentos produzidos pelo Face & Sustentabilidade
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