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Tour de France virtual: como o ‘ciclismo eletrônico’ disparou na quarentena

06 • 07 • 2020 às 10:15 Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

A pandemia de coronavírus fez esportistas no mundo todo procurarem alternativas para seguir com a prática de exercício dentro de casa. Teve maratonista correndo 50km em um apartamento e os aplicativos de treinos indoors viram seus números de aumentarem. O mesmo aconteceu para o Zwift, simulador online para ciclistas. Sem sair de casa e com um bom investimento financeiro, é possível pedalar quilômetros sentindo e realizar provas até como a tradicional Tour de France com o mesmo esforço físico e sem sair do lugar.

A experiência de pedalar pelo Zwift acontece toda pelo computador, mas o esforço físico é real e, inclusive, exaustivo dependendo da sua forma física. A plataforma online foi criada em 2014 e viu sua rede de usuários dobrar entre janeiro e abril deste ano. No último dia 4 de julho, foi dada a largada na primeira etapa virtual e beneficente da Tour de France, com alguns dos maiores atletas da categoria ao lado de esportistas anônimos. A competição vai continuar pelos próximos finais de semana do mês e o evento no mundo real está previsto para começar no fim de agosto. 

Para uma maior precisão de realidade, é possível criar dentro de casa uma espécie de simulador. Há equipamentos que, acoplados à bicicleta, são capazes de reproduzir ganhos e perdas de elevação, por exemplo, e reproduzem diferentes níveis de dificuldade durante o percurso. A Wahoo Fitness é uma das empresas no mercado que produzem equipamentos do tipo, como o Wahoo Climb e o Wahoo Kicker. 

O CEO da empresa, Mike Saturnia, conta que, no começo do ano, de repente, o distribuidor na marca na Itália começou a solicitar todo estoque de produtos que a companhia pudesse vender. Era o momento mais crítico da pandemia no país europeu. Pedalar, aliás, é uma tradição no continente, o que explica a grande procura. 

A evolução na pista pode ser acompanhada em uma tela posicionada à frente da bicicleta — mais um produto comprado de forma avulsa — e de uma espécie de smartband que monitora os batimentos cardíacos do atleta. Como já deu para perceber, é preciso investir financeiramente para conseguir reproduzir esse tipo de experiência em casa. 

Zwift, a plataforma online para adeptos do ciclismo.

Com o boom provocado pela quarentena, o Zwift quer aproveitar a crise para continuar crescendo e manter sua influência no mercado. O CEO da companhia, Eric Min, sonha até mesmo em ter uma modalidade para esportes eletrônicos incluída na Olimpíada. “Seríamos o primeiro esporte atlético digitalizado a entrar em disciplinas formais dos esportes tradicionais, esse é o caminho mais rápido até os Jogos Olímpicos.”

Além de proporcionar ao atleta a chance de pedalar de sua própria casa, o Zwift também promove a interação entre os usuários. Sim, funciona quase como uma rede social para ciclistas. Atletas que não conseguiam sair às ruas para praticar o esporte, passaram a se encontrar no mundo virtual. Os circuitos organizados no modo privado aumentaram em cerca de dez vezes de janeiro a junho. “As pessoas estavam procurando formas de se conectar e nós fomos a solução ideal”, explica Min.

Acessórios da Wahoo ajudam a dar mais realidade à corrida virtual.

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Vídeo: YouTube/Zwift / Foto 1: Divulgação/Zwift / Foto 2: Divulgação/Wahoo


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