Inovação

UERJ desenvolve ‘coronatrack’ para detectar coronavírus no ambiente

06 • 07 • 2020 às 16:33
Atualizada em 06 • 07 • 2020 às 16:33
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Na contramão da falta de verba e de valorização da produção científica em universidades brasileiras, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) desenvolveu um equipamento capaz de identificar a presença do novo coronavírus no ar. A inovação tecnológica surgiu por meio do esforço de pesquisadores do Laboratório de Radioecologia e Mudanças Globais (Laramg) do Departamento de Biofísica e Biometria da UERJ, que batizaram o invento com o nome de Coronatrack.

Segundo informações do site oficial da universidade fluminense, o aparelho foi totalmente criado pela equipe do UERJ com a ajuda de uma impressora 3D. Projetado em duas versões, o Coronatrack pode ser utilizado de forma fixa ou de maneira individual, portátil e de baixo custo.

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Como o Coronatrack funciona?

“Rastreador de Corona”, em tradução livre, o equipamento recolhe amostras de ar e é capaz de aprisionar vírus, fungos e bactérias para posterior análise dos pesquisadores em laboratório, onde será possível encontrar ou não o Covid-19.

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Composto por uma minibomba, entrada e saída de ar, mangueira com filtro, botão liga-desliga, bateria e GPS, o Coronatrack portátil pode ser produzido com um investimento de aproximadamente 200 reais.

Ele é portátil, leve e, por conta da placa de GPS instalada em seu interior, permite um mapeamento de onde há circulação do vírus nas cidades.

Importância para a comunidade

“Com esse trabalho, a gente pode fazer uma virologia ambiental global”, explica Heitor Evangelista, professor de Biofísica da Uerj e pesquisador do Laramg, em entrevista à TV Globo. “Então, isso é uma vantagem muito grande, porque a gente não se restringe apenas ao vírus relacionado ao Covid, mas [consegue rastrear] todos os outros vírus, inclusive bactérias e fungos”.

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Segundo Evangelista, a invenção será patenteada e a universidade tem o objetivo de conseguir apoio financeiro do poder público ou da iniciativa privada para que haja produção e distribuição do aparelho em maior escala.

Heitor Evangelista, professor de Biofísica da Uerj e pesquisador do Laramg

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