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A blogueira Mariana Ferrer publicou mais um relato em suas redes sociais sobre a longa luta por justiça, após ter sido estuprada em 2018, enquanto trabalhava no Cafe de la Musique, em Santa Catarina.
No Instagram, ela mostrou que a defesa de seu agressor manipulou algumas de suas fotos, anteriormente publicadas para uma campanha de skincare. Mariana, como é possível ver mais abaixo, aparece sem a parte de cima do biquiní nas fotos adulteradas – como se isso fosse justificativa para o crime de violência sexual cometido contra a jovem.
O caso de @marianaferrerw ganha mais um fator que reforça a injustiça e a impunidade de um caso absurdo de estupro e violência contra a mulher. Em sua página no Instagram, ela revela a manipulação utilizada pela defesa do agressor. pic.twitter.com/DknYB368ag
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) August 5, 2020
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O caso de Ferrer, que repercutiu muito na mídia, apresenta uma série de evidências claras que apontam André de Camargo Aranha, cujo material genético foi encontrado nas roupas da vítima, como culpado pelo crime.
Na publicação, a blogueira mostra comparações das imagens falsas com as verdadeiras e pede apoio dos seguidores para que ela consiga a quebra do sigilo processual, de maneira que todos tenham acesso ao conteúdo jurídico.
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“Gostaria que todos pudessem ter acesso ao processo que estranhamente ainda corre em sigilo (mesmo eu tendo inúmeras vezes solicitado, inclusive durante a instrução, a quebra do segredo de justiça). Venho pedir publicamente apoio (SEM VIOLÊNCIA FÍSICA OU VERBAL) para que me ajudem a conseguir a QUEBRA DO SIGILO PROCESSUAL perante a lei”, escreveu ela.
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Ferrer também apontou o machismo dos advogados da defesa, que estão tentando construir uma má reputação para ela diante do juiz. “Se caso fosse real (as imagens), eu poderia ser DOPADA E ESTUPRADA? Justificaria um crime hediondo? A resposta é óbvia: NÃO”, argumentou a blogueira.
O crime hediondo do qual ela se refere aconteceu em 2018, no Café de Lá Musique, um beach club de alto padrão na cidade Florianópolis, Santa Catarina. Na noite em que ocorreu o estupro, Mari estava trabalhando como embaixadora de uma festa no Cafe de La Musique, que possui mais 13 unidades no Brasil.
A influenciadora digital publicou uma fotografia com uma calcinha manchada de sangue ao lado de uma solicitação de exame pericial. Ela acusa a Polícia Civil de omissão e de proteger a identidade do autor do crime por se tratar de uma pessoa com poder.
O delegado responsável pelo caso foi afastado. Ele é acusado por Mariana de entrar em sua casa sem mandado judicial. Em busca por apoio e justiça, decidiu contar sua história no Twitter.
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fui vítima de violência sexual enquanto estava exercendo minha profissão e quase perdi a minha vida: meu relato completo. pic.twitter.com/hemFafX35D
— Mariana Ferrer (@marianaferrerw) April 2, 2020
“Não é nada fácil ter que vir aqui relatar isso. Minha virgindade foi roubada de mim junto com meus sonhos. Fui dopada e estuprada por um estranho em um beach club dito seguro e bem conceituado da cidade”, afirma.
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Mariana revelou, em seu relato, que foi dopada e que, por isso, não se lembrava do rosto do agressor. Ela precisou tomar coquetel de remédios contra a incidência de possíveis doenças durante 30 dias.
“Ele não se aproximou de mim quando eu estava lúcida. Eu não tenho lembranças dele. Fui levada para um lugar desconhecido por mim e acredito que também seja para a grande maioria das pessoas que lá frequentam. Nenhuma das pessoas que me acompanhava no dia me socorreu, pelo contrário, me abandonaram”, relembrou.
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Mariana Ferrer horas antes de ser violentada
Leonardo Pereima de Oliveira Pinto, advogado do Cafe de La Musique, afirma que o estabelecimento de luxo trabalhou junto da polícia, mas não procurou Mariana depois do ocorrido ou deu algum tipo de assistência.
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A defesa explica que a ausência se deu pela ‘postura’ da jovem nas redes sociais. “Mariana passou a atacar o Cafe como se tivesse participado daquilo tudo”, declarou Leonardo ao site Universa, da UOL.
Hoje, Mariana segue trabalhando com redes sociais, mas sempre busca falar sobre como foi afetada pelo crime e sobre a busca por justiça. Uma delegada está agora à frente das investigações, no entanto ainda não passou os autos do inquérito para a defesa.
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Em junho deste ano, Ferrer usou as redes sociais para contar que recebeu diversos relatos de casos similares no mesmo estabelecimento e que, com sua influência, irá dar oportunidade a quem não pode denunciar ou não teve justiça a partir de sua denúncia.
“Estou com uma equipe de advogadas e estamos reunindo relatos de outras vítimas que já foram dopadas e sofreram algum tipo de abuso dentro do mesmo estabelecimento que fui dopada e violentada”, escreve Mariana na postagem, que acrescenta: “Esse é o momento de quebrar o silêncio feito durante todo esse tempo”.
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De acordo com sua advogada, Jackie Francielle Anacleto, a repercussão nacional do caso fez com que outras mulheres comentassem na postagem e enviassem mensagens à Mariana falando que passaram por situações similares no mesmo beach club.
“Estamos reunindo os relatos para depois enviar ao Ministério Público de Santa Catarina e abrir uma ação penal”, explicou a advogada em entrevista ao Correio SC.
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