A segunda edição da Global Learner Survey mostra que, no mundo todo, há uma percepção coletiva de que a pandemia do coronavírus vai mudar a educação. A pesquisa anual elaborada pela Pearson mostra que 88% dos entrevistados esperam que as instituições educacionais aproveitem o impulso tecnológico gerado pela crise para maximizar o aprendizado de seus alunos. Por outro lado, 76% dos brasileiros que participaram do estudo admitiram que repensaram suas trajetórias profissionais nesses últimos meses.
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Entrevistados acreditam que ensino à distância vai transformar a educação no pós-pandemia.
A prática do home office e do ensino à distância se tornou comum desde que escritórios fecharam as portas e as aulas presenciais foram interrompidas. Milhões de alunos ao redor do mundo viram seus estudos interrompidos por algum momento e alguns deles tiveram o privilégio de ver as aulas sendo retomadas de forma online. Outros milhões de trabalhadores viram suas casas sendo transformadas em locais de trabalho.
O cenário causa incerteza. De acordo com a pesquisa da Pearson, 59% dos entrevistados temem que terão que mudar de carreira por causa da crise. Uma maioria esmagadora de 86% afirmou ter percebido que o home office exige um conjunto diferente de habilidades do que a forma tradicional de trabalho. Entre elas, destacam-se a colaboração virtual, análise de dados e gerenciamento remoto de equipes.
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Desigualdade no acesso à tecnologia é uma preocupação
Uma das maiores preocupações dos estudantes neste período é o da desigualdade. Enquanto alunos mais abastados têm acesso a internet de qualidade e equipamentos de última geração para acompanhar seus estudos, estudantes de classes mais pobres são deixados à margem desse cenário. A possibilidade de que a pandemia aprofunde ainda mais o espaço entre essas duas realidades aflige 70% dos entrevistados no mundo.

Pesquisa indicou que há expectativa geral é que as universidades assumam um papel de liderança na transformação.
No Brasil, esse número é ainda maior. Por aqui, 74% dos estudantes acreditam que o ensino online tem o potencial de ampliar o acesso à educação de qualidade. Porém, 90% entendem que nem todo mundo tem acesso à tecnologia necessária para aprender online.
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O estudo também mostrou que, com o aumento do desemprego e a redução de salários, existe a compreensão de que as universidades exerçam um papel de liderança na transformação desse cenário. No Brasil, 80% das pessoas que responderam à pesquisa afirmam que o ensino superior está diante de uma oportunidade real de ajudar as pessoas a voltarem a trabalhar e se tornarem mais economicamente resilientes.
Para a pesquisa, foram ouvidas sete mil pessoas com idades entre 16 e 70 anos de sete países: Brasil, Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, Índia e Reino Unido.