O estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck, será indiciado por tráfico de animais silvestres e por maus-tratos pelo número correspondente de cobras relacionadas a ele: 23. Além disso, responderá por associação criminosa e exercício ilegal da profissão.
A investigação começou depois que Krambeck foi picado por uma cobra naja no dia 7 de julho. Ele chegou a passar seis dias internado em um hospital particular do DF, sendo cinco dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O traficante vendia os filhotes de cobra por R$ 500
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Depois de receber alta, o traficante foi preso em casa, no Guará, durante a 4ª fase da Operação Snake. De acordo com a Polícia Civil, um perito médico-legista acompanhou o cumprimento do mandado de prisão para verificar suas condições de saúde. Krambeck chegou a ficar preso por dois dias na Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP) por atrapalhar as investigações, mas teve a prisão revogada e foi liberado.
A Polícia Federal do Distrito Federal concluiu a investigação com a informação de que o traficante atuava desde 2017 é cobrava R$ 500 por filhotes de animais silvestres.

A naja já está no Instituto Butantan, em SP

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‘Não se trata de colecionador, mas de um traficante’
Durante o período de investigação, a polícia colheu vídeos, fotos e documentos que comprovaram que Pedro Henrique vendia as serpentes.
“Não se trata de um colecionador, mas de um traficante. Ele trazia as cobras de outras viagens e há diálogos das redes sociais que mostram ele negociando o comércio desses animais. Uma dessas vendas, inclusive, foi feita no Gama, se tratava de um filhote de uma cobra Nigritus, que custou R$ 500”, detalhou o delegado Willian Andrade.
O inquérito foi concluído e, até o final da semana, será entregue à Justiça. Caso seja condenado, Krambeck pode pegar até 30 anos de prisão pelos respectivos delitos.
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Enquanto Krambeck era investigado, a naja que o picou foi transferida para o Instituto Butantan, em São Paulo. A serpente realizou a viagem hoje, junto com outras cinco cobras exóticas, também resgatadas.

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As cobras chegaram pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, em voo coordenado pelo Ibama. Elas serão registradas e passarão por exames clínicos, além de ficar em quarentena por 40 dias. Após esse período, será decidido se irão para o Museu Biológico ou participarão de atividades científicas e de educação ambiental.