O caso da menina de 10 anos que ficou grávida após anos de abusos provocados por um tio tem sido um dos assuntos mais comentados do Twitter nos últimos dias. Neste domingo (16), o comediante Whindersson Nunes usou a rede social para comentar o episódio e se prontificou a custear a assistência psicológica necessária à criança, que passou por um procedimento de aborto legal no mesmo dia.
“Me preocupa o tanto de atrocidades que essa criança vai ouvir no decorrer da vida. Alguém da família entre em contato, quero ajudar com toda assistência psicológica até os 18 anos”, escreveu Whindersson.
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Ele comentou ainda sobre o fundamentalismo religioso que tem acompanhado o caso nas redes sociais e que levou protestantes pró-vida para até a porta do hospital onde a criança realizou o aborto legal. “A Terra devia estar em paz com tantos Jesus, tantos imaculados”, disse Whindersson.
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Whindersson quer pagar o atendimento piscológico da criança
Já o youtuber Felipe Neto, se colocou a disposição para pagar os estudos da criança até o fim da faculdade. “Não consigo parar de pensar na menina. Alguém da família, por favor, entre em contato pelo email da minha bio. Eu me disponho a arcar com todos os custos de educação dela até o fim da faculdade. Num mundo de injustiças e desigualdades, que ela possa receber a melhor arma possível”, escreveu no Twitter.
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O crime de Sara Giromini
O nome da criança e o local onde ela se encontrava foram divulgados pela militante bolsonarista de extrema direita Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, o que levou religiosos ao local. Depois que foram estes expulsos, um outro tipo de protesto ocorreu: feministas se reuniram na porta do hospital para prestar apoio à vítima e garantir que o procedimento, respaldado pela lei, pudesse ocorrer em segurança.
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E aconteceu. O aborto foi realizado em segurança e a criança passa bem. A paciente foi transferida para outro estado depois de ter seu direito negado no Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), no estado do Espírito Santo, onde mora.
No Brasil, por lei, o aborto descriminalizado em casos de gravidez decorrente por estupro e em casos onde há risco de vida para a mãe ou anencefalia do feto. No caso da vítima de 10 anos, os dois primeiros critérios se encaixam em sua situação, mas o procedimento precisou ser levado à Justiça para que fosse realizado.