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Marina Amaral é uma colorista digital mineira, de 26 anos, que tem um talento especial para devolver cor a fotos históricas em preto e branco. Já adulta, Marina foi diagnosticada dentro do espectro do autismo e, em entrevista ao “UOL“, a colorista conta detalhes sobre como a condição influenciou em sua paixão pela profissão.
Segundo a mineira, o amor pela colorização de imagens começou em 2015, como um hobby, e aos poucos, se tornou uma demanda cada vez mais forte para si mesma. “Fiquei encantada e, desde esse dia, nunca mais parei de praticar”, diz ao site. “Me dediquei intensamente desde o primeiro minuto, de uma forma tão profunda que me esquecia até de fazer tarefas comuns, como dormir. Tinha uma urgência para evoluir, estudar, aprender técnicas novas, alcançar resultados cada vez melhores.”
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Foto original feita por Ferdinand Schmutzer do arquiduque Franz Ferdinand, da Austria, e colorida por Marina
Ao conhecer pessoalmente a amiga Andréa Werner, ativista e mãe de Theo, um menino de 11 com autismo, Marina começou a perceber que o amor profundo e até obsessivo pelo estudo da colorização poderia ter uma causa mais profunda.
“Quando comecei a encontrar a Marina pessoalmente, que antes era minha amiga virtual, notei, pelo comportamento dela e por relatos que ela fazia, alguns sinais claros de quem está no espectro”, explica Andréa ao “UOL”. “Sutilmente, fui introduzindo o assunto e ela foi muito receptiva.”
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O hiperfoco — posteriormente reconhecido por Marina na própria trajetória de dedicação ao colorismo de fotografias —, foi um dos aspectos apontados após a confirmação do diagnóstico de autismo tipo 1, o mais leve, por uma psiquiatra. “Foi, e ainda está sendo, bem transformador, mas de uma maneira absolutamente positiva”, continua a mineira.
“Acredito que alguns dos sinais sempre foram bastante claros desde a minha infância. Passei por diversos psicólogos e psiquiatras ao longo da vida, tanto pela minha ansiedade, que sempre foi extremamente forte, quanto por outras dificuldades, principalmente no quesito interações sociais.”
Foto de Janis Joplin no Carnaval do Rio de Janeiro, em 1997, colorida por Marina Amaral (à direita)
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Ao contrário do que pode se pensar por conta do estigma negativo associado ao autismo, o diagnóstico foi muito bem recebido por Marina. “Foi um alívio, na verdade, porque explicou muitas questões particulares que antes não faziam sentido”, diz.
“Tenho certeza de que se o autismo não fosse parte de quem eu sou, não teria nem o talento, nem a oportunidade, nem essa obsessão que tive para desenvolver minhas técnicas.”
É possível acompanhar mais detalhes do trabalho de Marina no perfil oficial da colorista no Instagram (@marinaarts).
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