Debate

A vida luxuosa do traficante considerado um dos principais fornecedores de drogas da Zona Sul

09 • 09 • 2020 às 16:58
Atualizada em 09 • 09 • 2020 às 17:14
Yuri Ferreira
Yuri Ferreira   Redator É jornalista paulistano e quase-cientista social. É formado pela Escola de Jornalismo da Énois e conclui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Já publicou em veículos como The Guardian, The Intercept, UOL, Vice, Carta e hoje atua como redator aqui no Hypeness desde o ano de 2019. Também atua como produtor cultural, estuda programação e tem três gatos.

Bernardo Bicalho Stein Fonseca da Cunha levava vida de luxo nas redes sociais. Fotos em pousadas e baladas podem ser encontradas nas redes sociais. Os quase 24 mil seguidores que acompanham a vida do empreendedor podem (ainda) não saber, mas uma parte do sustento do jovem – sempre de barba muito bem desenhada – estava no tráfico de drogas.

Foram apreendidos mais de R$200 mil em drogas na casa de Bernardo: 400 comprimidos de ecstasy, 150 selos contendo LSD, 1,5 kg de cocaína pura, 285 gramas de crack, 200 gramas de haxixe, 1,2 kg de maconha, além de pacotes com ketamina e lança perfume, além de embalagens para comercialização da droga com facilidade. Dá pra combinar que a quantidade não era muito bem pra ‘consumo próprio’, né?

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Bernardo da Cunha, de 32 anos, foi preso nessa terça-feira com altas quantidades de drogas em sua casa em Copacabana

Abastacendo a Zona Sul do Rio de Janeiro 

Segundo investigações da polícia, Bernardo podia cumprir um papel importante na distribuição de drogas na Zona Sul do Rio de Janeiro e levava ‘vida de playboy‘. Ao fazer breve pesquisa sobre o traficante no Google, se descobre que Bernardo Bicalho tinha duas empresas em seu nome: uma do tipo Microempresa com dois nomes fantasia registrados: ‘Bernardo Bicalho’ e ‘Pedro Delivery’, aberta em abril desse ano.

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Além disso, o hostel Beach Backpackers, do qual Bernardo também é sócio, se encontra com situação ‘baixada’ na Receita Federal. Desde 2017, ninguém posta uma foto na hospedagem e não há reviews no Tripadvisor.

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“Com a prisão de hoje a gente deu um grande prejuízo a esse esquema perigoso. A investigação prossegue para identificação dos demais envolvidos. O Bernardo está sujeito a uma pena de 5 a 15 anos de reclusão”, comentou o delegado Gustavo Castro, titular da Delegacia de Combate as Drogas (DCOD), à Globo.

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Fotos: Reprodução/Facebook/Bernardo Stein


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