Debate

Amigos de traficante de animais picado por naja são filmados provocando serpente

08 • 09 • 2020 às 16:15
Atualizada em 08 • 09 • 2020 às 17:12
Yuri Ferreira
Yuri Ferreira   Redator É jornalista paulistano e quase-cientista social. É formado pela Escola de Jornalismo da Énois e conclui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Já publicou em veículos como The Guardian, The Intercept, UOL, Vice, Carta e hoje atua como redator aqui no Hypeness desde o ano de 2019. Também atua como produtor cultural, estuda programação e tem três gatos.

Um vídeo obtido pela imprensa mostra o traficante de animais Pedro Henrique Krambeck e amigos provocando e manipulando a naja que pode ter desvelado um esquema de tráfico internacional de animais. As investigações sobre o caso estão avançadas e há fartas evidências de que Krambeck comercializava de maneira ilegal serpentes desde 2017.

Radynner Leyf Batista, amigo de Pedro, provoca a naja que posteriormente picaria o suspeito de tráfico de animais

Esquema de tráfico de animais 

O caso ganhou notoriedade após o estudante de veterinária ser picado pela própria naja em Brasília no mês de julho. Posteriormente, investigações da polícia mostraram que ele, amigos, padrasto e mãe participavam de um esquema maior de tráfico de animais. Na segunda (7), o MP-DF abriu uma denúncia contra Pedro Henrique Krambeck, Gabriel Ribeiro, amigo do traficante, Rosemeire Lehmkun, mãe de Pedro, e Eduardo Condi, padrasto do estudante.

– Polícia prende amigo de homem picado por naja por suspeita de ocultação de 16 serpentes

Conforme mostra a ‘Operação Snake’, foram encontradas por policiais mensagens de WhatsApp que revelam a existência de uma rede de ligações muito maior. Fabiana Volkweis, professora de veterinária de Gabriel e Pedro, deu dicas sobre o ‘descarte’ das cobras e foi afastada do Conselho Regional de Medicina Veterinária. Dois policiais foram afastados da Polícia Ambiental após apuração de que eles estariam atrapalhando as investigações.

Segundo o promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, mais denúncias podem ser feitas pelo Ministério Público. “Nos chama atenção que, durante um período de pandemia, estudantes de veterinária e familiares colocaram em risco moradores do DF com serpentes. Além da crueldade com os animais, que se viam confinados em caixas de plástico, sujeitas a idas e vindas das tentativas de se furtarem das imputações penais”, afirmou o membro do MP ao Metrópoles.

Confira o vídeo:

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Fotos: Reprodução/Twitter


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