A primeira imagem de buraco negro já registrada deixou todo mundo encantado. O feito aconteceu em 2019 e entrou para a história como um dos maiores avanços da humanidade. Agora, o ‘M87’ – localizado mais de 53.400 anos-luz do nosso planeta, ganhou registro em vídeo. Com informações da Galileu.
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A nova conquista da tecnologia foi possível por causa do trabalho de astrônomos que se debruçaram no estudo de imagens e dados colhidos entre os anos de 2007 e 2017 por cientistas da Event Horizon Telescope. As imagens foram possíveis a partir do que é chamado por eles de modelagem estética – que observa qualquer mudança no buraco negro. Ou seja, a identidade visual se deu por meio de uma espécie de linha do tempo contínua.

Astrônomos utilizaram imagens entre os anos de 2009 e 2017
Algumas conclusões foram tiradas ao longo do processo, como a de que o buraco negro é atingido por um gás que chega a bilhões de graus. “Como o fluxo da matéria é turbulento, o crescente [de matéria observado] parece oscilar com o tempo”, pontuou em comunicado Maciek Wielgus, que é líder do novo estudo.
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Outro ineditismo do estudo sobre o buraco negro é a análise da estrutura de dinâmica do fluxo de acreção – que acontece próximo do horizonte do buraco negro. Isso, segundo os cientistas, é fundamental para entender os jatos de matéria, por exemplo.
O estudo comando por Maciek Wielgus, publicado no Astrophysical Journal, pode ser acessado pelo link. O caminho, no entanto, é longo e os cientistas esperam dar sequência no processo de entendimento sobre o comportamento de um buraco negro.
Confira o vídeo que mostra como um buraco negro se move: