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Nenhuma reputação está imune às críticas, e mesmo personalidades aparentemente unânimes frequentemente são questionados ou denunciados em possíveis paradoxos ou inconsistências com suas imagens públicas. Nomes tão históricos e celebrados quanto Martin Luther King Jr. e até Madre Teresa de Calcutá já foram, justa ou injustamente, severamente criticados por autores e pesquisadores – e o mesmo pode ser dito do indiano Mahatma Gandhi. O líder do movimento que culminou na independência da Índia e que se tornou referência solar na resistência não-violenta vem sendo alvo de críticas e questionamentos pela renomada intelectual e autora indiana Arundhati Roy – que tocou no assunto em entrevista recente ao jornal El País.
A autora indiana Arundhati Roy © David Levenson/Getty Images
Na entrevista, Roy afirma ter crescido entre “meias-verdades e mentiras” sobre Gandhi – especialmente no que diz respeito à leitura que a autora faz da posição do líder revolucionário sobre o sistema de castas que divide a sociedade indiana. Segundo a autora, Gandhi teria “aceitado” o sistema, e construído sua militância e resistência de não-violência dentro do “horror das castas”. Sua transformação em um “símbolo capitalista” é também frequentemente citada pela autora, que já havia criticado anteriormente o líder indiano e escrito o texto “O Doutor E O Santo”, no qual vai “contra essa pessoa cuja história doutrinou falsamente o mundo”, ela diz.
O líder indiano Mohandas Karamchand Gandhi, conhecido como Mahatma Gandhi © Getty Images
O sistema de castas na Índia é um traço ancestral da sociedade indiana e do hinduísmo de modo geral, que separa a população em grupos superiores e inferiores. Apesar de ser rejeitado pela constituição, as castas ainda exercem influência principalmente nas separações sociais e em práticas de preconceito no país, principalmente para os dalits, parte da população vista como sem casta ou párias.
Gandhi na praia de Juhu, em Mumbai, em maio de 1944 © Dinodia Photos/Getty Images
Se Gandhi não é uma unanimidade como pode parecer, também não é consenso a posição de Roy sobre o líder entre os intelectuais, historiadores e pesquisadores indianos. Enquanto familiares descendentes de Gandhi acusam a autora de procurar publicidade com sua crítica, professores e autores questionam a conclusão de Roy sobre a posição de Gandhi a respeito das castas. “Gandhi devotou boa parte de sua vida à luta contra o preconceito de castas. Ele era um reformista dentro da religião hindu. Seu esforço foi de manter sua filosofia de não-violência e trazer transformação social sem criar ódio”, diz a professora e historiadora Mridula Mukherjee, da Universidade Jawaharlal.
Arundhati Roy em protesto em janeiro de 2020 © Getty Images
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