Para um designer a tarefa mais difícil não é criar algo que não existe, mas sim revolucionar o desenho de objetos que não só já deram certo, mas que são verdadeiros pilares da civilização: como são os bancos e cadeiras. Pois foi a essa complexa tarefa que o designer holandês Boris Lancelot se prestou: reformar o desenho do mobiliário escolar utilizando diariamente por milhões de crianças em todo o mundo, a fim de aprimorar a ergonomia e solucionar problemas de saúde oferecidos pelo uso prolongado dos móveis.

As crianças, afinal, atravessas horas e mais horas dos seus dias nas escolas sentadas em bancos e cadeiras – que podem deformar a postura dos pequenos e causar problemas concretos no futuro.

A ideia de Lancelot, portanto, foi desenhar móveis que estimulem o movimento, e mantenham as crianças ativas durante o uso. Por isso nome Active Classroom, ou Sala de Aula Ativa, que batiza a série: são mobiliários pensados de forma simples, funcional e bonita para a escola do futuro.

“Cada banqueta é desenhada para incorporar um mínimo de quarto posturas diferentes, assim como variações frequentes em posições alternativas para sentar, que aumentam a atividade dos músculos que permaneceriam sem uso em cadeiras convencionais”, comentou Lancelot.

Seus bancos e carteiras, desenhados em quatro diferentes modelos, garantem que todos os grupos musculares das crianças sejam estimulados durante o uso prolongado em salas de aula.

Os benefícios incluem a redução de riscos de problemas na coluna, musculares, de peso, cardíacos, e até mesmo males como ansiedade e depressão. Assim, o projeto incomum do mobiliário estimula uma nova maneira de literalmente estar em uma sala de aula – revolucionando dessa forma algo tão essencial quanto a própria escola.



É por isso que o projeto Active Classroom, desenvolvido por Lancelot em parceria com a Free University, de Amsterdam e a Universidade de Groningen, foi selecionado para prêmio Dezeen Awards 2020, na categoria “Design de projeto para ambiente de trabalho” desde o seu lançamento.



As mobílias no contexto de uma sala de aula real