Os incêndios na região da Califórnia e do Oregon, estados da costa oeste dos EUA, provocaram céus apocalípticos que lembram os filmes que se passam em Marte. Com jeito de ‘Blade Runner’ e ‘Mad Max’, os moradores da região da Costa do Pacífico foram surpreendidos com dias alaranjados nessa semana e a causa é clara: emergência climática.
A região, bastante seca, é sempre atingida pelo fogo durante o árido verão californiano. Entretanto, nesse ano, os incêndios se espalharam de maneira bastante intensa – muito por ação humana direta, mas também por forças climáticas – e agora o espetáculo, que parece belo, revela uma trágica condição climática no oeste estadunidense.
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Pessoas passeiam pela orla de São Francisco em atmosfera apocalíptica
“O mistério sobre os céus alaranjados acompanha os incêndios na região. As pequenas partículas da fumaça afetam a forma como a luz atravessa a nossa atmosfera“, explicou Paul Ulrich, professor de Clima na Universidade de Davis, na California, ao portal Salon.
“Quando a luz ultrapassa uma molécula gasosa ela tende a se transformar dando uma diferente percepção de luz. Como a luz azul é mais curta, as partículas de fumaça fazem com que as luzes mais longas penetrem as moléculas gasosas, e por isso o céu fica vermelho”, complementou.
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Pantanal, Califórnia e Austrália
Os incêndios no Pantanal, na California e na Austrália são um indicativo de que uma mudança na postura global do planeta quanto ao clima se faz cada vez mais presente. Para os que duvidam, a situação do planeta vai piorar com ou sem o seu aceite. Isso, claro, se nada for feito.
“O aquecimento global está criando as condições mais quentes e secas em locais como Austrália e California. Isso cria a condição para incêndios enormes. Nossa pesquisa mostra que há também um outro fator. A mudança climática está fazendo alterando a velocidade das massas de ar quente. Assim, sistemas de alta pressão (associados com condição de pouca umidade e calor) estão mais propícios a se manter nesse estágio por muito tempo, especialmente na Califórnia”, afirmou Michael Mann, professor de Ciências Atmosféricas na Pennsylvania State University, ao Salon.
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As imagens são chocantes:
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