Após o incêndio que destruiu o campo de refugiados de Moria, na ilha de Lesbos, a Grécia corre para preparar abrigos que possam receber as milhares de pessoas que viviam ali. O fogo começou quando parte dos migrantes protestava contra a quarentena imposta pelo governo grego, que havia diagnosticado mais de 30 casos de Covid-19 no espaço. Os números mais recentes indicam que quase 200 pessoas podem estar infectadas.
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O novo campo de refugiados de Kara Tepe, na ilha de Lesbos.
O campo de Moria abrigava cerca de 13 mil pessoas. O excesso de pessoas vivendo no local era constantemente denunciado por organizações não governamentais que atuam pela causa dos refugiados. A falta de saneamento também era uma questão. Após o fogo, muitas dessas pessoas passaram noites a céu aberto pela ilha grega.
Outro problema que assola os campos de refugiados de Lesbos são as constantes brigas entre pessoas de diferentes etnias.
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Agora, o governo grego tenta dialogar com os refugiados que não querem se mudar para novos campos de refugiados. Eles já aguardam por meses por uma transferência definitiva para a Grécia continental e denunciam o confinamento ao qual são submetidos nesses espaços.
Uma das principais reclamações quanto à nova localidade é que ficará fechado por 12 horas, o que só permitiria aos moradores que circulassem na outra metade do dia.
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Campo de Moria ficou destruído após incêndio que começou com protesto de refugiados.
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