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Um dos principais indigenistas em atividade no país, com cerca de 30 anos de experiência na Funai (Fundação Nacional do Índio), Rieli Franciscato, de 56 anos, foi morto nesta quarta-feira (9) com uma flechada no peito ao se aproximar de um grupo de indígenas isolados.
Aconteceu enquanto ele tentava evitar um atrito entre os isolados e a população não indígena em um sítio na zona rural de Seringueiras, em Rondônia. Este era um trabalho considerado arriscado até para um indigenista experiente como Rieli, pois os índios envolvidos não conheciam sua atuação e não sabiam distinguir inimigos.
Segundo a Polícia Militar, o grupo que foi ao sítio com Rieli era formado por dois oficiais e um índio amigo do servidor. No local, o grupo percebeu pegadas que levavam à terra indígena Uru-Eu-Wau-Wau. O grupo se dirigiu ao local para saber se os indígenas haviam regressado para a mata.
Nesse momento, segundo o PM, já dentro da terra indígena, Rieli começou a subir num pequeno morro para observar a região de um ponto mais alto. “A gente só escutou o barulho da flecha, pegou no peito dele”, afirmou, em áudio enviado para um grupo de amigos de Rieli e que depois foi divulgado à imprensa.
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Conforme o boletim de ocorrência, o coordenador foi socorrido e levado por dois policiais militares ao Hospital Municipal de Seringueiras, mas acabou não resistindo e morreu.
Indigenista é o termo usado para atuantes na política de integração e proteção das populações indígenas e Rieli era considerado a definição disso.
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Um dos mais experientes no trabalho de monitoramento dos grupos isolados e um dos principais defensores dos isolados em atividade no país, ele se tornou uma referência para os servidores mais jovens. Sua morte causa comoção entre os servidores da Funai e colegas.
Em nota à imprensa, a Funai manifestou ‘imenso pesar’ pelo falecimento do servidor, que era “o coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Uru Eu Wau Wau e somava mais de 30 anos de dedicação à proteção dos índios isolados no Brasil”. A fundação informou ainda que o território onde vivem os indígenas isolados ainda está sendo invadido.
A vulnerabilidade histórica das comunidades indígenas ficou ainda mais grave com a gestão Jair Bolsonaro. São dois fatores: a inciência do novo coronavírus, que segundo levantamento da Articulação dos Povos Indígenas (Apib), maotou pelo menos 107 e outros 610 estão testaram positivo para a covid-19. Os números oficiais do Ministério da Saúde falam em 562 casos e 27 óbitos.
A Amazônia em chamas ameaça a vida de comunidades indígenas
“Está uma calamidade feia. Os indígenas estão morrendo demais. Todo dia a gente denuncia esses casos, porque está horrível. As pessoas ficam internadas em Tabatinga e a maioria morre lá”, disse à CNN Brasil a líder indígena Suni Kokama.
Para piorar a situação das comunidades indígenas defendidas por gente como Rieli Franciscato, a Amazônia está em chamas. Os dados são assustadores e o mês de agosto de 2019 superou os registros de agosto em todos os anos desde 2010. Foram, nesse período do ano passado, mais de 30.900 focos de queimadas.
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