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“Parece autista”, é a legenda publicada por Aline Mineiro, junto com um vídeo do namorado, o humorista Léo Lins. O rapaz aparece sentado em um sofá, isolado no canto, sem ninguém ao redor e esse comportamento, para o casal, pode ser associado com pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista. O que não faz o menor sentido e pode ser lido como uma visão preconceituosa. A fala de Aline causou revolta em inúmeros seguidores, que usaram as redes sociais para apontar a ‘brincadeira’ sem graça.
Conhecido por suas o que ele chama de ‘piadas ácidas’ e um comportamento que supostamente contraria o ‘politicamente correto’, Léo Lins publicou uma resposta para as críticas recebidas. Na mensagens, uma pessoa pede. “Aconselhe a sua namorada para retratar”. E Léo Lins respondeu. ”Eu tentei, eu até pedi para ela aconselhar vocês a enfiarem um pênis gigantesco na boca”.
Esse vídeo foi filmadora namorada dele, ele usa o termo autismo, como um adjetivo para se referir ao comportamento do Leo Lins. Uma mãe de autista, resolveu pedir a ele uma retratação pela pela. O que ele fez? Xingou a mulher, usou palavras baixas, escrotas. #AutismoNaoeAdjetivo pic.twitter.com/Ctbv4HTJat
— Gislene ?? (@Gisleneecesar) September 24, 2020
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A revolta foi tão grande que dezenas de ONGs e mães de crianças autistas se uniram e colocaram nos Trending Topics a #autismonãoéadjetivo, junto de uma petição virtual pedindo uma punição judicial ao comediante.
POR FAVOR DEEM RT!!!
Uma mãe de autista com toda educação do mundo foi conversar com Léo Lins pra minimizar o preconceito contra o autismo e essa foi a resposta nojenta dele! Vamos assinar a petição para ser encaminhada ao MPhttps://t.co/6Nj5y1wlJx pic.twitter.com/tWHvKhinC5— cacá (@queridacarina) September 22, 2020
A advogada Diana Serpe, especialista em direito para pessoas com deficiência, encaminhou à coluna do jornalista Leo Dias, que acompanha o caso, uma nota sobre o assunto e avaliou o caso como um claro desrespeito às leis e às pessoas com deficiência.
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“O art. 88 prevê pena de reclusão de um a três anos e multa para quem praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoas em razão de sua deficiência. E se o crime for cometido por intermédio de meios de comunicação social ou de publicação de qualquer natureza, a pena aumenta para dois a cinco anos de reclusão”, disse.
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Além de provar que as falas da namorada de Lins infringiram um artigo da Constituição Federal, Diana fez questão de reforçar a necessidade de se denunciar crimes como estes, mesmo que os aconteçam na internet. Léo Lins e Aline Mineiro ainda não se pronunciaram sobre as acusações.
Marcos Mion também se pronunciou sobre o assunto nas redes sociais:
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