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Mulher diz que casal gay ‘não é de Deus’ durante ataque dentro de petshop: ‘Chama a polícia’

29 • 09 • 2020 às 10:54
Atualizada em 29 • 09 • 2020 às 11:09
Redação Hypeness
Redação Hypeness Acreditamos no poder da INSPIRAÇÃO. Uma boa fotografia, uma grande história, uma mega iniciativa ou mesmo uma pequena invenção. Todas elas podem transformar o seu jeito de enxergar o mundo.

Uma mulher deu show de homofobia em um petshop na cidade de Birigui, interior de São Paulo. Ela resolveu perturbar um casal gay que comprava na loja na última sexta-feira (25). A senhora, ainda não identificada, aparece em um vídeo dizendo que o relacionamento homoafetivo das vítimas “não é de Deus”.

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Não que seja da conta da agressora, mas ela aparece nas imagens mostrando incômodo com a maneira com que o casal supostamente faz sexo. “Um homem enfiando assim oh… o p** no c* do outro?! Que isso, fio?”, brada a homofóbica enquanto bate as mãos insinuando cenas de sexo. 

Mulher dá ataque homofóbico dentro de petshop

O dono do estabelecimento intervém e pede que ela pare com as ofensas. “Por favor, aqui dentro não”. A mulher rebate, novamente voltada para o casal. “Então vai lá fora, que eu falo pra vocês lá fora!”, disse os desafiando.

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Uma das vítimas começa a dialogar e se defender após os ataques. “A senhora sabe que é crime? A gente não quer ouvir a opinião da senhora. A senhora guarda ela pra você”, disse. E ele está certo, desde junho de 2019, a homofobia é crime previsto por lei no Brasil. O ato criminoso é punido através da Lei de Racismo (7716/89), que hoje prevê crimes de discriminação ou preconceito por “raça, cor, etnia, religião e procedência nacional”.

Em um momento, um dos homens violentados diz que vai chamar a polícia e ela o desafia a fazê-lo. Logo em seguida o dono do estabelecimento volta a intervir, puxando a agressora para saída do local enquanto ela gritava ameaças. “Pode deixar que eu pego ele lá fora”Em nota, a clínica veterinária afirma que repudia o ato de descriminalização e preconceito ocorrido no dia 25 de setembro e esclarece que não foi praticado por qualquer integrante da equipe ou diretoria.

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“Reforçamos que essa atitude não condiz com as diretrizes e valores da nossa empresa, atendendo a todos clientes e amigos com dignidade e em busca de sua satisfação”, diz outro trecho da nota. Por fim, o estabelecimento diz que se solidariza com os ofendidos e todos que sofrem qualquer tipo de preconceito ou discriminação.

Confira o vídeo divulgado pelo Catraca Livre: 

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Foto: Reprodução/Instagram


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